Esse blog é sobre a história da minha família, o meu objetivo é desvendar as origens dela através de um levantamento sistemático dos meus antepassados, locais onde nasceram e viveram e seus relacionamentos inter-familiares. Até agora sei que pertenço as seguintes famílias (nomes que por vezes são escritos de forma diferente): Ramos, Oliveira, Gordiano, Cedraz, Cunha, Carvalho, Araújo, Nunes, Almeida, Gonçalves, Senna, Sena, Sousa, Pinto, Silva, Carneiro, Ferreira, Santos, Lima, Correia, Mascarenhas, Pereira, Rodrigues, Calixto, Maya, Motta…


Alguns sobrenomes religiosos que foram usados por algumas das mulheres da minha família: Jesus, Espirito-Santo...


Caso alguém tenha alguma informação, fotos, documentos antigos relacionado a família é só entrar em contato comigo.


Além desse blog também montei uma árvore genealógica, mas essa só pode ser vista por pessoas que façam parte dela. Se você faz, e gostaria de ter acesso a ela, entre em contato comigo.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Os Mayas – Familia de Serrinha

 

Fonte: A Familia de Serrinha 1926 – Livro sobre os descendentes de Bernardo da Silva, fundador de Serrinha

“Por escritura pública passada na cidade do Salvador e Bahia de Todos os Santos, em casa de morada do illustrussimo Manoel Saldanha, pelo tabellião Manoel Antonio Campello, em 17 de Novembro de 1759, o mesmo illustrissimo Manoel de Saldanha e sua mulher dona Joanna da Silva Guedes de Brito, legitimamente senhores e possuidores de um sítio chamado o Saquinho e o dos Possos nas suas terras do certão dos Tocós, ahi graphado toquôz, com trez leguas de comprido e duas de largo, o qual confronta por todas as partes com quem de direito for, venderam-no por 600$000 (seisccentos mil reis), que no acto receberam, a Fructuoso de Oliveira Maya, que nessa escritura se diz morador dos certões. A venda foi feita com declaração porem que nesta terra vendida se se achar alguem acintuado com arrendamento seu ou de seu procurador, delles vendedores, neste caso ficarão os ditos rendeiros conservados e elle comprador de posse de cobrar delles as rendas não sé as vencidas mas também as que forem vencendo ao diante, porem não podem os ditos rendeiros enovar cousa alguma nem alargarem nem mais daquillo em que estiverem de posse enthé o dia dessa venda e como ha coatro annos desta parte pedido arrendamento a seu procurador, delles vendedores, marcos Rodrigues de uma porage a que lhe pozeram por nome Mumbuca deste por se dentro do dito citio que o comprador occupa e agora compra não tem concedido antes se tem botado abaixo os curraes que o dito Marcos Rodrigues levantou e nesta contingencia tem andado thé agora e neste caso se esta dentro das ditas tres leguas de comprimento e duas de largo que hé só que vendem ficará este chamado Mumbuca pertencendo ao comprador por nao estar ainda acituado o dito Marcos Rodrigues e no caso que o dito lograr Mumbuca fique de fóra destas leguas que elles vendedores vendem ficará o dito logar pertencendo a elles ditos vendedores para deste fazerem o que quizerem ou seus procuradores. Foram testemunhas desta escriptura o reverendo vigario Anastacio Pereira e o capitão Luiz de Affonseca Pinto.

Por instrumento publico de auto de posse passado em 6 de Dezembro de 1759, desenove dias depois neste certão dos Tocós, ahi também graphado toquôz, freguesia e termo da villa de Sam Joam de Agua Fria, em o citio do Saquinho e dos Possos, feguezia e termo da dita villa, o tabelião Manoel martins Guimarães deu posse judicial deste sitio, parte denominado saquinho e parte Possos, a Fructuoso de Oliveira Maya, morador na Serrinha, freguezia e termo da dita villa.

Foram testemunhas Manoel Ferreira Santhiago, Bernardo da Silva e Alexandre da Fonseca, tendo este ultimo, por se analphabeto, assignado de cruz.

Fructuoso era casado com Bernarda Maria da Silva, filha de Bernardo da Silva. Tiveram oito filhos, a saber: Seraphim de Oliveira Maya, que se casou com Manoela do Inhambupe, e morreu na casa que depois foi do coronel Miguel Carneiro da Silva Ribeiro e fica no canto da praça da Matriz e da rua Direita, ou Conselheiro Pereira Franco; Bernardina, tia Dina, que não se casou; Anna Maria de Oliveira, casada que foi com o capitão Manoel José Moreira, português; Josepha, que se casou com Tristão de Araújo e Oliveira, portuguez, que se estabeleceu na Mumbuca; Francisca, casada com Jeronymo, que se estabeleceu nos possos; Ignacio de Oliveira Maya, que se casou com Anna Maria da Silva, Doninha, sua prima filha de Antonio Carneiro da Silva; Manoel de Oliveira Maya, que se collocou na Gangorra; e Antonio de Oliveira Maya.

Nas genealogias escriptas pelo professor Martins e pelo padre Cupertino não se faz menção desse Antonio de Oliveira Maya, porem de Antonia de Oliveira Maya, que se casou com José Pereira, portuguez, e foi moradora no Sacco da Matta.

Mas o coronel Aristides Cedraz de Oliveira me afirma não ter tido Fructuoso filha com o nome de Antonia, mas sim filho com o nome de Antonio, e que esse filho é seu bisavô materno.

Elle ainda me affirma que Fructuoso, seu e meu tetravô, teve realmente oito filhos e que os sitios Saquinho e Possos foram divididos entre elles, por morte de seus paes, e que quatro ficaram com Saquinho e quatro com Possos.

Seraphim de Oliveira Maya teve os seguintes filhos: José da Cruz, que não se casou; Zacarias que se casou com uma filha de Simão Alves Barreto e maria Correia, de Agua Fria; uma filha que se casou com Victoriano Alves Barreto, de Olhos d’Agua; Anna Custódia de Jesus, morta em 10 de Abril de 1854, casada que foi com Francisco da Silva e Oliveira, neto de José da Silva e Oliveira, da Tiririca; e mais quatro filhas, entre ellas Francisca e Pomba que não se  casaram.

Anna Maria de Oliveira, casada com o capitão Manoel José Moreira teve os filhos seguintes: padre José Moreira Maya, que foi capelião de Bento Simão; Manoel José Moreira, que se casou em cachoeira com uma sobrinha de Manoel Fernandes Serra e se estabeleceu no logar Fojos, em Cachoeira; Anna Maria Moreira, que se casou com seu parente alferes José da Silva Carneiro, viúvo de uma filha de Miguel Affonso Ribeiro, o velho; Maria Moreira, que se casou em primeiras nupcias com José Alexandre e em segundas nupcias com Francisco Manoel Amancio da Cunha, da Bocca da Catinga; Luiza, que se casou com José Lino de Souza e retirou-se para Sentocé (Sento Sé); Bernarda Archangela Moreira, minha avó, que se casou com Manoel José Pinto, portuguez, que em Serrinha se estabeleceu corrido de Cachoeira em consequencia dos movimentos da Independência e exerceu sempre a profissão de negociante; Antonia Clementina Moreira que não se casou.

Josepha, casada com Tristão de Araújo e Oliveira, teve estes filhos: Tristão Gomes da Silva, que se casou com Anna, filha do alferes José da Silva Carneiro em suas primeiras núpcias com uma filha de Miguel Affonso Ribeiro; e José Luiz de Araújo, que se casou no Riachão de Jacuhype.

Nada sei de positivo sobre a descendencia de Ignacio de Oliveira Maia, Manoel de Oliveira Maia e Antonia de Oliveira Maia. Em 22 de Maio de 1850 morreu Angelo José de Oliveira, viúvo de Maria Francisca, filha de Francisco Manoel da Motta, de Tambiaá. Foi seu inventariante seu irmão Joaquim de Oliveira Maia, que em 1851 era solteiro. Era irmão de Ignacio de Oliveira Maia. Devem ser filhos de Ignacio de Oliveira Maia, filho de Fructuoso de Oliveira Maia. E eu creio que sejam, porque eram primos do tenente coronel Miguel Carneiro da Silva Ribeiro e Ignacio de Oliveira Maia era casado com Doninha, da familia Carneiro, irmã do avô do dito coronel Miguel Carneiro. Angelo José de Oliveira deixou os seguintes filhos, que figuraram em seu inventário em 1850 assim: Maria, 18 annos, Jesuina, 17, Anna, 14, José, 10, Francisco, 8, e Virginia, 6 annos. Maria e Jesuina morreram solteiras, Anna casou-se com José Carneiro de Oliveira e Virginia casou-se com Antonio Joaquim de Araújo, morador na fazenda Recanto, em Serrinha. Tinha terras em Licory, Retiro, patrimonio do finado padre Antonio Manoel de Oliveira, Campinas, Tanque e Gamelleira. Foi inhumado na freguezia de Riachão do Jacuhype.

O coronel Aristides Cedraz de Oliveira diz-me que Manoel Cedraz de Oliveira, seu avô, era irmão de Joaquim de Oliveira Maya e filho de Ignacio de Oliveira Maia. Diz-me ainda que seu avô Manoel Cedraz de Oliveira era casado com uma prima, filha de Antonio de Oliveira Maia, de nome Francisca Xista de Oliveira. Aceito a informação, mas propenso a crer, firmado nas informações do professor martins e do padre Cupertino, que parecem mais seguras, ser sua bisavó que se chamava Antonia de Oliveira Maia e não seu avô que tinha o nome de Antonio de Oliveira Maia, tanto mais quanto elle ignora o nome da mulher do que suppõe ser seu bisavô e os dois informantes a que me refiro dão o nome do marido da sua bisavó. Consiguo a divergencia para que, por meio de velhos documentos, que devem existir, os interessados procurem resolve-la.

O esforço é demasiado para um só, obrigado, na ausencia de archivos publicos, e abandono dos cartorios, procurar papeis antigos em poder de particulares.

Mas si os interessados se entregarem a estas pesquizas, muito podem conseguir, concorrendo para o levantamento da árvore genealogica de suas familias.

Tambem dos tetranetos de Bernardo da Silva, por via de Fructuoso de Oliveira Maia e sua mulher Bernarda da Silva, só conhecemos os que descendem do capitão Manoel José Moreira, casado com Anna Maria de Oliveira. São elles:

1. José Luiz e Maria, filhos de Manoel José Moreira, moradores em Cachoeira, que não se casaram;

2. os filhos de Anna Maria Moreira, casada om o alferes José da Silva Carneiro, cujos nomes se encontram no capitulo destinado aos carneiro, familia de S. Bartholomeu;

3. Jacintho Moreira, que se casou com uma filha de Antonio Pedro da Silva, do Riachão; Manoel Francisco Moreira, que se casou com Constança, filha de Manoel José da Cunha, do Coité; Mariano José da Cunha, que não se casou; Anna Bernardina Moreira, que se casou com o capitão Angelo Ferreira de Carvalho, do Raso (Aracy); e Maria Moreira, que se casou com Severo Fabiano de Carvalho, do Raso (Aracy), irmão de Angelo, todos filhos de Maria Moreira e seu segundo marido Francisco Manoel da Cunhha;

4. Manoel Moreira Pinto, Pintinho, que não se casou e morreu velho, José Moreira Pinto, Cazuza Pinto, que também não se casou, mas deixou um filho natural, perfilhado, Porphyrio, Anna, que se casou com o tenente José Emygdio Riberio, Egydio Moreira Pinto, que se casou com uma senhora de Feira de Sant’Anna, Luiza, que se casou com o alferes Jesuino Carneiro da Silva, Antonia Clementina, minha mãe (do autor do livro), que se casou com o capitão José Joaquim de Araújo, capitão Zezinho, meu pae, e Barbara, appellidada de rainha por sua belleza peregrina, que morreu em pleno noivado, estes filhos de Bernarda Archangela Moreira casada com o portuguez manoel José Pinto.

Nada sei da descendencia de Luiza casada com José Lino de Souza, de Sentocé (Sento Sé).

Os descendentes de José Luiz de Araujo, filho de Tristão de Araújo e Oliveira, neto de Fructuoso de Oliveira Maia e bisneto de Bernardo da Silva, são: José Luiz de Araújo, filho, Semeão José de Araújo, Adrião José de Araújo, Ignacio José de Araújo e Joaquim José Araújo, homens, Anna, que se casou com Alexandre, Maria que se casou com Innocencio da Silva Carneiro, Josepha que se casou com Joaquim Justiniano de Oliveira,  uma casada com um tio do fallecido coronel marcolino Gonçalves Mascarenhas, do Riachão, uma casada com José Manoel, filho de Angelo Carneiro, do Gravatá, uma casada com José Cravinho, filho de Angelo Carneiro, do Gravatá, uma casada com Innocencio, das Flôres, e Maria José de Oliveira morta em 1922 com setenta e tantos annos de idade, casada com Reinaldo Pereira de Oliveira, natural do Pedrão e morador no Candeal, de cujo consórcio teve José Temotheo de Oliveira, fazendeiro no logar Tabúa, comarca de Jacobina, e Antonia Petronilla de Jesus, viúva de Antonio Barnabé Carneiro, filho de Antonio Carneiro da Silva, da malhadinha, e neto de Angelo Carneiro da Silva.

Tristão, irmão de José Luiz de Araújo, teve um filho, José Bento, que se casou com maria Simôa, da familia Carneiro de Coité, onde fixou residência, e teve muitos filhos.

Rematando, esclareço que o coronel Aristides Cedraz de Oliveira, irmão do fallecido bacharel José Cedraz de Oliveira e outros, é filho de José Cedraz de Oliveira e Maria Joanna, sua mulher, filha de Joaquim Carneiro da Silva, da fazenda Lagôa, terras da velha fazenda Bom Successo, doada a Ignacio Manoel Carneiro por seu pae Antonio Carneiro da Silva, genro de Bernardo da Silva.

José Cedraz, pae do coronel Aristides Cedraz, é filho de Manoel Cedraz de Oliveira e sua mulher Francisca Xista de Oliveira, e Manoel Cedraz diz elle, ser filho de Ignacio de Oliveira Maia e Francisca Xista é filha de Antonio ou Antonia de Oliveira Maia, filho ou filha de Fructuoso. São portanto o coronel Aristides Cedraz e seus irmãos bisnetos de Fructuoso de Oliveira Maia. Joaquim da Silva Carneiro pae da mãe do coronel Aristides Cedraz tinha um irmão chamado Innocencio Carneiro da Silva.

Fonte: “A família de Serrinha” do Dr. Antonio José de Araújo, escrito em 1926. issuu.com/carlosvilmar/docs/liivro_a_fam__lia_de_serrinha_1926?e=0/4875287

2 comentários:

  1. LUANA ESQUECI DE COLOCAR OS DADOS DE MINHA MÃE ELA TEM FAMILIARES CIPRA, MARTINS, SOARES, NUNES, FAGUNDES, RIBEIRO SIMÕES.

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