Esse blog é sobre a história da minha família, o meu objetivo é desvendar as origens dela através de um levantamento sistemático dos meus antepassados, locais onde nasceram e viveram e seus relacionamentos inter-familiares. Até agora sei que pertenço as seguintes famílias (nomes que por vezes são escritos de forma diferente): Ramos, Oliveira, Gordiano, Cedraz, Cunha, Carvalho, Araújo, Nunes, Almeida, Gonçalves, Senna, Sena, Sousa, Pinto, Silva, Carneiro, Ferreira, Santos, Lima, Correia, Mascarenhas, Pereira, Rodrigues, Calixto, Maya, Motta…


Alguns sobrenomes religiosos que foram usados por algumas das mulheres da minha família: Jesus, Espirito-Santo...


Caso alguém tenha alguma informação, fotos, documentos antigos relacionado a família é só entrar em contato comigo.


Além desse blog também montei uma árvore genealógica, mas essa só pode ser vista por pessoas que façam parte dela. Se você faz, e gostaria de ter acesso a ela, entre em contato comigo.

domingo, 27 de setembro de 2015

Família de Ascelina Araújo e Gregório Amâncio

Foto do início do Século XX.

Da esquerda para a direita Orádia, Osvaldina ( sentada ), Acelina, Gregório Amâncio, em seu colo Olga, Osvaldo (sentado), Oldack, Odete (atrás de Gregório).

Familia Ascelina

Fonte: Facebook de Marialva Amâncio Carneiro de Carvalho

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

História de Serrinha

 

Serrinha teve como seus primeiro habintantes os indíos da nação Cariri. Entretanto, foi a chegada do português Bernardo da Silva, comandante de uma expedição da colonização portuguesa, em 1715, que a organização urbana da cidade se deu. Assim, foi iniciada a construção de uma capela sob a inovação da Senhora Santana.


A capela era filiada a freguesia de São João de Água Fria. Nesse tempo o povoado já possuía 16 casas cobertas de telhas e servia de pousada para visitantes, comerciantes e lojas de tropeiros que se destinavam ao Rio São Francisco.


Em 1 de junho de 1838, a lei número 67 criou o Distrito de Paz de Serrinha e levou a capela à categoria, com paróquia própria, pelo Arcebispo D. Romualdo Antônio Seixas. Em 24 de outubro de 1763 foi nomeado capelão o Pe. Antônio Manuel de Oliveira. A igreja Matriz de Serrinha foi concluída em 1780 e possui uma inscrição de mármore no frontefício com os seguintes dizeres:


"Louvado seja o Santíssimo Sacramento e a imaculada conceição da Virgem Nossa Senhora concebida sem pecado original"


Presume-se que o ano de 1646 tenha sido o início da catequese dos índios Biritingas que dominavam a região.


Pela Lei Provincial número 1.069 de 13 de junho de 1876, foi o Arraial de Serrinha elevado à categoria de Vila e criado o Município de Serrinha, com território desmembrado do município de Purificação dos Campos, sendo inaugurado a 11 de janeiro de 1877.


A Vila de Serrinha recebeu foros de "cidade" pelo Ato Estadual de 30 de junho de 1981, assiando pelo Barão de Lucena, fato que constou da data de 4 de junho de 1891 do Conselho Municipal de Serrinha.


A instalação solene da cidade ocorreu em 30 de agosto de 1891 segundo consta a ata do Conselho Municipal de Serrinha do referido dia. Mais de um século decorrido do município de Serrinha vai avançando no seu crescimento e desenvolvimento.

Fonte: http://www.serrinha.ba.gov.br

domingo, 6 de setembro de 2015

Bodas de Ouro – Ernesto e Theodolina

 

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Igreja Matriz de Conceição do Coité. Bodas de Ouro de Ernesto Calixto da Cunha e Theodolina Ramos da Cunha.

Theodolina nasceu em 24 de Agosto de 1894, era filha de Antonio Nunes Gordiano e Ana Bernardina de Jesus

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Maia - Maya

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História


Nome de raízes toponímicas, tirado que foi da terra da Maia, o antigo domínio da linhagem desta designação, é possível que os descendentes de alguns dos ramos daquela o tenham vindo a tomar como apelido. Eram os «da Maia» uma linhagem das mais preclaras e remotas origens, ainda altimedievais, tendo vindo a recair a sua primogenitura, bem como os seus principais bens patrimoniais na linhagem dos «de Riba-de-Vizela», pelo casamento do chefe destes com a filha herdeira do daqueles. E como foram os Melos que vieram a representar a primogenitura dos «de Riba-de-Vizela», foram também eles que passaram a representar a linhagem dos «da Maia». Deste modo a chefia de ambas, bem como a dos Melos, caíu na Casa dos Condes desta designação e, hoje, na dos Condes de Mangualde.


Ainda durante a Idade Média, no entanto, a descendência secundogénita dos «da Maia», conservando nalguns casos a categoria nobiliárquica de Ricos-homens e certas parcelas dos antigos bens senhoriais da linhagem, deu origem a família que transformaram a designação daquela em apelido. Assim, no Livro do Armeiro-Mor atribuem-se a uma família (?) da Maia umas armas que deverão provir do «sinal» pré-heráldico da antiga linhagem.


A história da linhagem, segundo Francisco António Dória ("Lendas, Mitos'' em "Convergência: Ensaios em Homenagem a Emmanuel Carneiro Leão no seu 70o. Aniversário", Sette Letras, 1999) começa com com a lenda do Rei Ramiro ou lenda da Miragaia, ou lenda da família da Maia, que conta a história das origens de uma família de infanções cujas terras se situavam nos arredores do Porto. Foram os padroeiros do mosteiro de Santo Tirso de Ribadave, fundado em 978 pelo primeiro antepassado documentado dessa família, um moçárabe (isto é, árabe cristianizado), Abunazar Lovesendes.


Na lenda, o infanção Abunazar torna-se no infante Dom Alboazar Ramires, filho, que não o foi, de Ramiro II, rei de Leão: "O dito D. Ramiro roubou D. Ortiga, irmãa de Alboazar Abuzadão Sr. de Gaya the Santarem, e bisneta de [rei] Aboali a qual pela sua rara formosura obrigou ao do. Rey D. Ramiro a pedilla pa. cazar com ella, q lhe foi negada, dizendo-lhe Alboazar q a ley dos Christaons não premetia ter mais q hua mulher de q resultou o do. roubo, e sentido Alboazar do dito roubo sabendo onde D. Ramiro tinha deixado sua molher em q.to se devertia com D. Ortiga a foi tãobem Roubar, e levou para Gaya, e o q sabendo o Rey D. Ramiro, cobrio as suas fragatas de pano verde, e se veyo meter sem ser percebido em S. João da Foz q entam tinha muytos arvoredos, e pella sua industria se meteo no Palacio [de Alboazar] e fallou com sua mulher pa. ver como a havia de tirar do poder de Alboazar deixando ordem aa sua escolta pa. q ouvindo tocar uma corneta q levou lhe acudissem, e como sua m.er allem de queixosa estava namorada de Alboazar o fichou em Caza pa. o entregar aa morte, de q escapou dizendo [Rei Ramiro] a Alboazar q hia ali pagar seu pecado, e roubo de sua irmãa, mas q o seu comfessor lhe dissera q pa. ser perdoado o do. seu crime havia de morrer afrontozam.te diante do povo a tocar em aquella corneta the arrebentar, no q conveyo Alboazar, para o q lhe mandou fazer hum poste no meyo da Praça alto, e delle se poz a tocar a cujo toque acodindo a sua gente matarão todos os Mouros e trocerão a Raynha, q mandou D. Ramiro atar a hua moo, e lançar no Rio, e dipois recebeu D. Ortuga, de q teve o infante D. Alboazar Ramires.


Outras variantes dizem que D. Ortiga, ou Ortega (isto é, urtiga), se chamava Zara antes do batismo. A lenda é fascinante, porque Ramiro II (c. 900-951) dominou os territórios que constituem hoje Portugal, entre 920 e 930, e foi depois rei de Leão e é personagem documentadíssima. E o rei Aboali é, com certeza, Abdallah, emir de Córdova (844-912) que ascendeu ao emirado em 888. Isso tudo, no prólogo à genealogia dos Coelhos, no autor setecentista Felgueiras Gayo.


Que mais nos diz no começo da história dos da Maia: o Livro de Linhagens do Conde D. Po. [Pedro] principia esta familia em D. Ramiro 2o. de Leãm q roubando hua Moura q poz o nome no batismo Ortiga irmãa de Albuaçar Albocadão Sr. da terra de Gaya a the Santarem, e filha de D. Çadãoçada, e bisneta de ElRey Aboali, com a qual D. Ortiga cazou dipois da morte de sua m.er..."


Em resumo, a lenda conta que Ramiro II trai a mulher, Aldara, com uma moura, Zara ou Ortega, de família nobre (é descendente dos Omíadas de Córdova, parentes do próprio Profeta do Islão. Aldara vinga-se traindo Ramiro com o mouro, e é morta por isso. Ramiro II sai sem punições ou penas, e casa com a moura Ortega, de quem deixa um filho, Dom Alboazar Ramires.
Ramiro II teve por primeira mulher a Ausenda Guterres, filha do conde Guterre Osores, e neta materna de Hermenegildo Guterres, o grande presor de Coimbra. Tiveram quatro filhos: Bermudo, que morre adolescente; Ordonho, depois rei Ordonho III de Leão, e mais dois que desaparecem da história. O casamento dura uns dez anos, pois Ausenda Guterres é repudiada por volta de 930, e naõ mais se sabe dela. Ramiro volta a casar ainda duas vezes, com uma infanta de Navarra e com uma certa Urraca, ou Teresa.
Por que foi repudiada Ausenda Guterres? Não por infertilidade. A lenda do Rei Ramiro sugere que Ausenda Guterres, grande senhora, filha e neta de magnatas, tinha traído o rei.


Se narrativas lendárias são como sonhos, nelas então ocorrem inversões e mecanismos compensatórios. Ramiro II trai Aldara, sua mulher na lenda. Ela dá o troco, e é punida. E se esta sentença refletir, com sinal contrário, o que de facto aconteceu? Ramiro II traído pela mulher, Ausenda?


Na busca pelo que existe de histórico e de fantástico (se é que podemos separar uma coisa da outra) nessa narrativa fascinante encontramos de súbito um tesouro: os arquivos do mosteiro de Lorvão, publicados há século e meio por Alexandre Herculano nos seus "Portugaliae Monumenta Historica, Diplomata et Chartae". As cartas de Lorvão formam a parte mais antiga do acervo. E neles comparecem quase todos os personagens da lenda do Rei Ramiro. Zahadon e sua mulher, Aragunte, junto a Cresconio e a mulher, Smelilo e ainda Bermudo, herdeiros de um certo Fromarico (decerto pai dos que têm nome visigodo, Aragunte, Cresconio e Bermudo) vendem a Gondemiro (que, aprendemos depois, se chamava Gondemiro iben Dauti) e a sua mulher Susana, partes da Vila de Albalat na região de Coimbra. Testemunhas do acto? Ramiro II; seu filho Bermudo; a condessa Ilduara (lembram-se de "Aldara", a mulher de Ramiro na lenda?), os condes Ximeno Dias e Froila Guterres. Escritura de venda de gente poderosa, com o testemunho das gentes mais poderosas da terra, o rei, o príncipe, e membros da família de Hermenegildo Guterres, senhores da região de Coimbra.


Coincidência? Um documento (DC 47) de 938, trata da doação de um moinho, na vila de Ançã, feita pela condessa Ilduara a Gondemiro iben Dauti e a sua mulher Susana. A relação das testemunhas repete, na mesma ordem, o fragmento da genealogia que nos é trazida na lenda: Alboazar filho de D. Zadão Zada, filho de Zada... [Abd al?] Nazar, test.; Zahadon, test.; Zahad, test. Zahadon aparece como presbiter, mas isso não lhe indica um status de eclesiástico. (Ainda que Zahad signifique "ermitão", e Zahadon, "referente ao ermitão") Presbiter era apenas alguém ligado a uma comunidade monástica, e essa família com certeza tinha padroado sobre Lorvão, pelas doações que faz ao mosteiro (DC 68, de 954).


Rodrigo, também conhecido como Abu al-Mundhir, e sua mulher Coraxia, legam ao mosteiro de Lorvão várias vilas, entre as quais Tentúgal, além de outros bens. E vejam-se os nomes dos confirmantes: Walid, Abdallah (Hadella), Abd al-Malik, Ubayd'Allah (Abobadella), Zahadon... Al-Mundhir é o nome do emir de Córdova que morreu na guerra contra Ibn Hafsun em 888; irmão de Abdallah, este, já dissemos, nascido em 844 e falecido em 912, de quem a a genealogia, muito com certeza verdadeira, que está embutida na lenda, diz, descende essa gente de moçárabes com nome de emires, califas, e mais pessoas da família do Profeta.


Por que verdadeira a genealogia? Porque encontramos nos documentos, nos períodos correctos, consistentemente, os personagens da linhagem de Zara.
Por que não seria verdadeira essa linhagem omíada desta família dos Zahads e Zahadons, família obviamente de alta hierarquia? Mas veja-se ainda o que dizemos em seguida:


A lenda do rei Ramiro procura esclarecer-nos sobre as origens da família da Maia, cujo primeiro antepassado documentado é certo Abunazar Lovesendes, fundador do mosteiro de Santo Tirso de Ribadave em 978. A lenda faz do rei Ramiro II pai deste Abunazar, o que é impossível pela cronologia, já que Ramiro morreu em 951, e pelo patronímico, pois o pai de Abunazar chamava-se Lovesendo, e não Ramiro. Segundo a lenda, a família da Maia descenderia do adultério de Ramiro com uma princesa moura: Abunazar ganha na lenda uma ascendência real, da mais alta nobreza, por seu pai e por sua mãe.
Mas, notemos o seguinte: quando esta lenda se fixa por escrito nos livros de linhagens, o árabe é o inimigo subjugado. A conquista do Algarve fora feita nos fins do século XIII por Afonso III. A lenda conta uma ascendência ilustre dos senhores da Maia na família real do inimigo, inimigo político e religioso. Numa família real que se aparentava ao próprio fundador da religião adversária.


Ramiro II parece que entra na lenda como um contrapeso ideológico. Mas notemos que há vínculos indirectos, indícios que mostram vínculos, entre a família da Maia, em fins do século X, e a família do conde de Coimbra, Hermenegildo Guterres. Uma das filhas de Abunazar Lovesendes tem o nome Ausenda como a mulher repudiada de Ramiro II. Um dos filhos de Abunazar, de quem aliás descenderá outro personagem lendário português, Egas Moniz o Aio, é Ermígio. Forma rara do nome Hermenegildo (mais comum é o vernáculo Mendo, ou Mem), aliás frequente e só encontrada nessa família dos da Maia.
Há mais evidências: no século XI, Soeiro Mendes da Maia, dito o bom, litiga nos tribunais contra os herdeiros de certo Froila Cresconiz, que, sempre pela raridade do nome, parece ser filho do Cresconio cunhado de Zahadon e irmão de Aragunte, mulher de Zahadon.


O que aconteceu, na história, no concreto, nunca se saberá ao certo. Mas o seguinte cenário (cenário, deixo claro) parece explicar a narrativa lendária. Ausenda, rainha de Leão e mulher de Ramiro II, comete adultério. É, por isso, repudiada. (Não deve ter sido morta; sua família era poderosa demais.) Do filho adulterino, Lovesendo (compare-se a desinência -sind, Ausenda, Lovesendo), que se casa com a filha de Zahadon, nasce Abunazar Lovesendes, primeiro senhor das terras da Maia.


Para que a lenda? Para mascarar as origens adulterinas e heréticas de uma família que será tão poderosa. Cujos descendentes, muitissimamente numerosos hoje em dia, todos compartilham, ainda que muito, muito longe, do sangue dos Omíadas e de seu parentesco ao Profeta do Islão".


Armas
De vermelho, uma águia de negro. Sabe-se, no entanto, que os «da Maia» usavam por armas um enxaquetado de ouro e vermelho.

Fonte: http://www.myheritage.com.br/photo-2526851_164025811_164025811/brasaoarmas-escudo-maia