Censo Rural Conceição do Coité 1920

Recenseamento do Brazil. Realizado em 1 de Setembro de 1920. Relação dos proprietarios dos estabelecimentos ruraes recenseados no estado da Bahia (1923)

Fonte: http://archive.org/details/recenseamento1920ba1

Alguns nomes que reconheci:

Eustórgio Pinto Resedá – Fazenda Riacho do Martim e Mandacarú

Primo Nunes Gordiano – Umburana

Moysés Nunes Gordiano – Bandurra

José Cedraz Oliveira – Triumpho

Joviniano Cedraz – Caiçara

Cyrillo Gonçalves Ramos – Umburana

João Gonçalves Gordiano -  Curral Novo

Joaquim Nunes Gordiano – Pedrinha

Antonio Felix de Araújo – Fazenda Peixe e Retiro

Aristides Cedraz de Oliveira – Fazenda Rio das Pedras e Ipueira

Belmiro Cedraz de Oliveira – Fazenda Trancada

Joaquim Calixto da Cunha – Genipapo e Fazenda Covas

Antonio Francisco de Araújo – Aroeira

José Francisco de Araújo – Varginha

Possidônio Ramos de Oliveira – Abreu e Deserto

José Calixto da Cunha – Lameiro e Fazenda Flôr Roxa

Etelvina Maria de Oliveira – Fazenda Conceição

Octaviano Cedraz de Oliveira – Fazenda Ipueira de Baixo

Manoel Ramos Gordiano – Fazenda Olho D’Agua

Casamentos 1909 e 1910 - Conceição do Coité

Livro de Casamentos 1898-1916

Estou dando uma olhada nos livros de casamentos de Coité para ver quem da familia eu encontro neles, é uma tarefa dificil por causa da caligrafia mas vou tentar… Vou começar pelo livro mais recente que vai de 1898 a 1916. Estou copiando apenas os nomes que reconheço ou pessoas com sobrenomes da minha familia, pois provavelmente tem alguma relação com meus familiares.

Data: 19 de Agosto de 1909

Noivo: Petronillo José Lopes, filho de Petronillo Lopes da Cunha e Ursulina Maria de Jesus

Noiva: Severiana Francisca de Araújo, filha de José Francisco de Araújo e Maria Bernardina de Jesus

Data: 25 de Setembro de 1909

Noivo: Abdias Nunes de Almeida, filho de Primo Nunes Gordiano e Maria Lopes de Jesus

Noiva: Josepha Agostinha da Silva, filha de Seraphim de Oliveira Maia e Anna Agostinha de Oliveira

Data: 08 de Outubro de 1909

Noivo: Severiano de Oliveira, filho de Antonio Marcellino de Oliveira e Maria Porcina de Jesus

Noiva: Maria Joaquina de Jesus, filha de Anacleto de Araújo, falecido e Joaquina Maria de Jesus

Data: 09 de Outubro de 1909

Noivo: Antonio Justino de Lima, filho de Manoel Ferreira Lima, falecido, e Maria Salomea de Jesus

Noiva: Valdemira Jovenilla de Jesus, filha de João Antonio de Araújo e Jovenilla Bernardina de Jesus

Data: 09 de Outubro de 1909

Noivo: José Lopes de Araújo, filho de Luiz Antonio de Araújo e Marcelina Lopes de Jesus

Noiva: Etelvina Simões Ferreira, filha de Abdias Simões Ferreira e Honoria Maria de Jesus

Data: 23 de Outubro de 1909

Noivo: Pedro de Lima Araújo, filho de Manoel do nascimento Lima e Araújo e Deolina de Freitas Barros

Noiva: Amalia Ferreira da Silva Carneiro, filha de Juvencio Tavares da Silva Carneiro e Maria Bernardina Ferreira da Silva

Data: 11 de Novembro de 1909

Noivo: Theodoro Ferreira Lima, filho de Elias Ferreira da Rocha, falecido, e … Maria de Jesus

Noiva: Maria Florinda de Jesus, filha de Francisco Martins Ramos, falecido, e Florinda Izabel de Jesus

Data: 10 de Janeiro de 1910

Noivo: Leopoldino de Souza Pinto, filho de Bartholomeu de Souza Pinto e Maria da Conceição

Noiva: Prisciliana Elias da Motta, filha de João Nunes da Motta e Maria … de Souza Pinto

Data: 26 de Janeiro de 1910

Noivo: Gustavo de Souza Pinto, filho de Bartholomeu de Souza Pinto e Maria da Conceição

Noiva: Hediviges de Souza Pinto, filha de João Nunes da Motta e Maria … de Souza Pinto

Data: 16 de Abril de 1910

Noivo: José … da Costa, filho de Gulhermino … da Costa, falecido, e Josepha Maria de Jesus

Noiva: Etelvina Maria de Araújo, filha de … Izabel da Silva

Data: 05 de Maio de 1910

Noivo: Valderino José de Araújo, filho de José Mauricio de Araújo

Noiva: Marciollina Emilia de Jesus, filha de Philippe Ney Guimarães e Emilia Petronilla de Jesus

Data: 11 de Maio de 1910

Noivo: João Francisco de Araújo, filho de Francisco da Cunha Araújo, falecido, e Maria Rosalina de Jesus

Noiva: Prediliana Maria de Jesus, filha de Anna Romada de Jesus

Data: 13 de Maio de 1910

Noivo: Joviniano da Cunha Araújo, filho de ignacio da Cunha Araújo e Florentina Maria de Jesus, falecida

Noiva: Maria Marcelina de Jesus, filha de José Ferreira de Oliveira e Maria Marcelina Mascarenhas

Data: 27 de Julho de 1910

Noivo: João Gonçalves Gordiano, filho de Manoel Gonçalves Gordiano, falecido, e Joanna Bernardina de Jesus

Noiva: Maria Francisca de Jesus, filha de João José da Cunha e Maria Josepha da Cunha

Data: 29 de Setembro de 1910

Noivo: Antonio dos Santos Lima, filho de Florindo dos Santos Lima, falecido, e Vitalina maria de Lima

Noiva: Antonia Alexandrina de Jesus, filha de José Longuinho de Araújo e Alexandrina Maria de Araújo

Data: 05 de Outubro de 1910

Noivo: Benedicto Francisco da Cunha, filho de Francisco da Cunha Araújo, falecido e Maria Rozalina de Jesus

Noiva: Luiza Maria de Jesus, filha de Anna Romana de Jesus

Data: 06 de Novembro de 1910

Noivo: Antonio Calixto da Motta, filho de José Calixto da Cunha e Maria Carneiro da Motta

Noiva: Primitiva Sophia de Oliveira, filha de Possidonio Ramos de Oliveira e Maria Sophia da Cunha

PRIMEIROS CASAMENTOS CIVIS

 

As Habilitações para Casamento da Villa de Conceição do Coité denunciam um pouco de uma sociedade do interior da Bahia no início do século XX, que começava a se adequar as normas jurídicas sobre o estado civil do brasileiro, obedecendo assim ao Decreto 181 de 24 deJaneiro de 1890, que normatizava o casamento civil. Dessa forma, as instâncias competentes do Estado para esse fim começam a documentar as uniões e, para isso, o Juiz de Paz da Comarca de Serrinha delegava o cumprimento dos atos jurídicos aos escrivães responsáveis pela Villa de Conceição do Coité, conhecidos nos documentos como Alfredo Rodrigues Couto, Cyrillo Gonçalves Ramos, José Ramos de Oliveira, Leonel Lopes da Cunha, Francisco Candido da Silva, Maximiniano Lima Madureira, Melchiades Antonio de Oliveira, Victor Gonçalves Ramos e Raymundo Nonato Couto.

(…)

Atrelados a estudos com outros documentos forenses, foi possível para Kátia Mattoso, neste trabalho sobre a Bahia, ir além do estudo meramente demográfico, passassem a responder importantes questões sobre a família baiana. O primeiro de seus quadros estatísticosresponderá justamente sobre a média anual de casamentos entre 1800 e 1889, vista de decênio em decênio, onde fora observado a crescente demanda de casamento partir de 1859, o que leva a autora a suspeitar das motivações que fazem tantos jovens irem ao altar. Os documentos Habilitação para Casamento da Villa de Conceição do Coité podem da mesma forma contribuir para pesquisas que visem um estudo das famílias e do crescimento demográfico do início do século XX, quando os dados disponíveis puderem construir informações mais sólidas a partir das leituras de documentos como arrolamentos, inventários, etc.

Para a época desses casamentos o valor da cor da pele era essencial na construção dafamília baiana. Infelizmente a documentação do período estudado não traz muitos dados que ajudem no estudo sobre a discriminação racial de modo explícito, como acontece com o mesmo tipo de documento da década de 30, por exemplo, já na Autuação, em que os dados sobre os indivíduos são mais apurados.

Nessa documentação é muito marcante a ausência da designação da raça. Apenas umdocumento fora identificado como sendo a jovem noiva, filha de uma ex-escrava, citando o antigo senhor. Segundo Mary Del Priori “no século XIX, para efetivar seus casamentos os escravos continuavam precisando da anuência de seus senhores que, muitas vezes, decidiam levando em conta o número de filhos que nasceria dessa união.” 

Considerando a suposta ausência de negros nos registros civis, quais então seriam as práticas de aliança conjugal dos negros? Se de fato eles não se casam no regime civil, o que os impediam de fazê-lo? Kátia Mattoso alega para essas indagações o alto custo do casamento, que aqui custava “trezentos réis de selo de verba”, valor que necessitaria também de um estudo que compreendesse o poder aquisitivo das famílias da Villa de Conceição do Coité.

Ronald Vainfas, em Casamento, amor e desejo no ocidente cristão, diz como essas uniões foram legalizadas pelo Estado e pela Igreja e burladas pela sociedade, por isso, entender como os tipos de uniões ilegais circulam nesta Villa, tais como o concubinato e as uniões livres, é outra indagação que sobressai durante as leituras dos documentos, bem como a postura da Igreja Católica sobre o assunto. E com isso, outro ponto importante para se discutir seria os modos e costumes da Villa de Conceição do Coité, pensando como se dava a celebração do casamento, também muito discutida por autores como Mary Del Priori, pois, somente com a instauração da República o casamento tem um regulamento civil, que essa Villa somente vivenciará de modo mais crescente em 1907, dando entendimento que acelebração religiosa, nessa década, tinha uma procura maior do que a cerimônia jurídica.

(…)

 

Trechos tirados do artigo: Levantamento Documental da Série Civil Sub-série Família Agrupamento Tipológico Casamentos 1899-1910 Conceição do Coité, ANA LUCIA CORREIA DA SILVA, http://es.slideshare.net/BPJCA/levantamento-documental-da-srie-civil-sub-serie-famlia-agrupamento-tipolgico-casamentos-1899-1910

 

Minhas Anotações:

1) Antônio Felix de Araújo, qual era o nome correto da mãe dele? Eu tinha ela como Apiana Maria de Jesus, mas aqui ela está como Crispiniana Maria de Jesus

2) Maria Marcellina de Almeida – o pai dela está como Antonio Nunes Gordiano, qual a historia? Ele foi casado com a mãe dela, Maria Marcellina de Almeida, antes de se casar com Ana Bernardina? Ela era filha dele fora do casamento? Esse é outro Antonio Nunes Gordiano???? Vou ter que procurar mais informações a respeito disso. me disseram que ele só se casou uma vez, então provavelmente era uma filha fora do casamento.