Esse blog é sobre a história da minha família, o meu objetivo é desvendar as origens dela através de um levantamento sistemático dos meus antepassados, locais onde nasceram e viveram e seus relacionamentos inter-familiares. Até agora sei que pertenço as seguintes famílias (nomes que por vezes são escritos de forma diferente): Ramos, Oliveira, Gordiano, Cedraz, Cunha, Carvalho, Araújo, Nunes, Almeida, Gonçalves, Senna, Sena, Sousa, Pinto, Silva, Carneiro, Ferreira, Santos, Lima, Correia, Mascarenhas, Pereira, Rodrigues, Calixto, Maya, Motta…


Alguns sobrenomes religiosos que foram usados por algumas das mulheres da minha família: Jesus, Espirito-Santo...


Caso alguém tenha alguma informação, fotos, documentos antigos relacionado a família é só entrar em contato comigo.


Além desse blog também montei uma árvore genealógica, mas essa só pode ser vista por pessoas que façam parte dela. Se você faz, e gostaria de ter acesso a ela, entre em contato comigo.

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Eu Carrego um Sertão Dentro de Mim - 1980

Documentário inspirado em uma entrevista de João Guimarães Rosa, a biografia do escritor se confunde com um universo povoado por cantores, jagunços, coronéis e artesãos. Em vez de explicar as imagens do sertão nordestino, a voz do narrador, como a obra de Guimarães Rosa, indica veredas que atravessam e transcendem a geografia local. Eu carrego um Sertão dentro de mim (1980) foi realizado por Geraldo Sarno e produzido por Thomas Farkas, idealizador da Caravana Farkas, que na década de 1960 viajou pelo Nordeste e teve papel fundamental em estabelecer uma nova linguagem ao documentário brasileiro. Texto: Revista Usina


quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Documentário sobre o Sertão dos Tocós, 1985


SERTÃO DOS TOCÓS, 1985 Curta-metragem / Sonoro / Não ficção 16mm, COR, 16min, 144m, 24q "O filme busca resgatar a cultura que predomina no sertão baiano, assim como o modo de sobrevivência do sertanejo e seu trabalho simples, laborioso, de lidar com a terra e retirar o seu sustento." Ficha técnica: Roteiro: Rocha, Rubens Direção: Rocha, Rubens Direção de fotografia: Rodrigues, Alonso Direção de som: Andrade, Timo Montagem: Pires, Roberto Trilha sonora: - "Nos cafundó do Bodocó", de Jurandy da Feira - "A Volta da asa branca", de Zé Dantas e Luiz Gonzaga, interpretada por Roze - Bandas de pífanos de Tucano e Araci Fonte: http://cinemateca.gov.br/cgi-bin/wxis...

segunda-feira, 14 de outubro de 2019

Um Padre baiano na Missa Campal da Abolição

Recentemente o Instituto Moreira Sales e a Fundação Biblioteca Nacional lançaram um portal onde disponibilizam quase 2,4 mil fotografias datadas da segunda metade do século XIX e início do Século XX. São fotografias em alta resolução que possibilitam a exploração de detalhes das cenas fotografadas. No acervo estão trabalhos de importantes fotógrafos brasileiros e estrangeiros radicados no Brasil, a exemplo de Guilherme Gaensly, Marc Ferrez, Revert, Henrique Klumb, Francisco Du Bocage, Militão Augusto de Azevedo, Augusto Malta, entre outros, como também algumas imagens cujo autor não foi possível identificar.

O projeto das duas instituições traz à tona fotografias importantes de diversas partes do Brasil. A maioria delas dizem respeito ao Rio de Janeiro, Bahia e São Paulo. Na Bahia, aparecem fotografias da Cachoeira de Paulo Afonso, paisagens da Capital e do Recôncavo, e uma rica coleção de retratos de escravos feitos por Marc Ferrez e João Goston entre os anos de 1870 e 1885. Um dos grandes destaques do portal é a coleção de D. Thereza Christina Maria, fotos tiradas por D. Pedro II, além de um conjunto de retratos da família imperial, feitos por Joaquim Insley Pacheco. Falta disponibilizar ainda a riquíssima coleção de fotografias feitas pelo fotógrafo Flávio de Barros, durante a Guerra de Canudos, cujos originais estão sobre a guarda do Instituto Moreira Sales.

Entre todas as imagens disponíveis, uma que vem sendo bastante comentada e estudada é uma fotografia de autoria de Antônio Luiz Ferreira, feita durante a Missa Campal celebrada em ação de graças pela Abolição da Escravatura, realizada no Rio de Janeiro, em 17 de maio de 1888. Na celebração compareceram cerca de 30 mil pessoas, amplamente alcançadas pela lente do fotógrafo, sendo possível observar o interesse e curiosidade da maioria dos presentes no momento do clique. No canto esquerdo da fotografia, numa espécie de altar improvisado para ocasião estão a Princesa Isabel e seu marido, o Conde D’eu, e em torno deles diversas autoridades e personalidades da época. Já foram identificados o escritor Machado de Assis, Marechal Hermes da Fonseca, José do Patrocínio, Maria José Velho de Avelar (Baronesa de Muritiba) e o cartunista Ângelo Agostini, só para citar os mais conhecidos.

Muitos festejos foram realizados em todo o país para a comemoração da abolição. No Rio de Janeiro, uma comissão com representantes de diversos jornais da época, como o Jornal do Commercio, Gazeta de Notícias, Revista Illustrada, A Época, Gazeta da Tarde, Novidades, Apóstolo e Diário de Notícias foi responsável pela realização de diversos eventos, inclusive a Missa Campal. Representava o Jornal O Apostolo, o seu redator e sócio proprietário o Padre José Alves Martins do Loreto.

Martins do Loreto, como era mais conhecido, nasceu na Bahia no ano de 1845 e era filho do Professor Antônio Martins Ferreira (1813-1896) e Ana Francisca Carneiro e neto paterno de José Ferreira de Carvalho (1783-1866), fundador da Vila do Raso, atual Araci, Bahia. Ordenou-se Padre em 1868, iniciando sua carreira eclesiástica como vigário da Igreja da Victoria, em Salvador, onde também dirigiu junto com seu irmão, o Padre Urbano Cecílio Martins um colégio chamado o Atheneu. Em 1887, acometido por uma enfermidade, pede licença ao então Arcebispo da Bahia Dom Luís Antônio dos Santos (1817-1891) e segue para se tratar no Rio de Janeiro. Passados oito meses da licença, e sentindo que os ares cariocas fizeram bem à sua saúde, escreve ao mesmo Arcebispo pedindo autorização para renunciar à Paroquia da Victoria, e se estabelece definitivamente no Rio.

O Padre Martins do Loreto, morando no Rio de Janeiro, rapidamente cria uma rede de relações importantes na capital do Império. A partir do ano de 1888, junta-se aos Padres João Scaligero e Augusto Maravalho e torna-se editor-chefe do Jornal Católico O Apostolo. Segundo o escritor Oscar Lustosa, no Jornal O Apóstolo colaboravam “figuras de grande projeção nos meios eclesiásticos de então”, o que reforça a importância de Loreto dentro do Clero e jornalismo carioca.

O Jornal O Apostolo foi fundado em 1866 pelo monsenhor José Gonçalves Ferreira e era um periódico dedicado aos interesses da Igreja Católica. Sobre a questão da escravidão, fazendo uma leitura em algumas de suas edições, percebe-se que aos poucos ia acompanhando e defendendo a causa abolicionista, isto é claro, dentro do que era interessante para a Igreja. Era quase unanimidade todos os jornais da época se posicionarem a favor, o que ficou mais frequente ainda depois do ano de 1872, com a lei do ventre livre. Martins do Loreto, como já foi citado, chegou à redação do O Apostolo em 1888, ano em que aconteceria a abolição e provavelmente se posicionara a favor da causa abolicionista, constantemente já discutida pelo periódico.

Além da posição que ocupava no Clero carioca, o que faz Martins do Loreto figurar entre diversas personalidades e autoridades e ser fotografado durante a realização da Missa Campal de 17 de maio é sua importância como Jornalista e articulador de O Apostolo. Era amigo próximo de José do Patrocínio (1854-1905), uma das figuras mais importante no movimento abolicionista. No ano da morte de Loreto, em 1896, O Apostolo publica diversas homenagens de amigos, e uma dessas é a de José do Patrocínio.

A identificação do Padre Loreto na fotografia de Antônio Luiz Ferreira só foi possível através de comparação feita a partir de uma ilustração que o cartunista Ângelo Agostini (1843-1910) fez para o Jornal Dom Quixote, na edição Nº 59, ano 2, de 18 de abril de 1896. Na publicação, feita por ocasião de sua morte, há um texto na página 3 intitulado de “No púlpito e na impressa” onde o jornal o homenageia com uma breve biografia e no final da página, ocupando todo espaço, a ilustração de Agostini que o retratou ao lado do Frei Santa Catarina Furtado, falecido também no mesmo período que Loreto.

Autor: Pedro Juarez Pinheiro
Fonte: http://www.mateuscarvalho.com/viladoraso/?mosaico=um-padre-baiano-na-missa-campal-da-abolicao

sábado, 18 de maio de 2019

Tia Lelinha

Faleceu ontem tia Lelinha, um doce de pessoa que viverá eternamente na nossa memória. Edla Sofia de Oliveira nasceu em 31 de Maio de 1922 e nos deixou ontem 17 de maio de 2019. Quase um século de histórias...