2 de novembro de 2010 - calilanoticias.com
Dia 2 de novembro é considerada uma das datas mais tristes do ano, dia consagrado as pessoas que faleceram.
Em Conceição do Coité o movimento ao cemitério teve inicio logo depois da missa, e embora o cenário seja de tristeza os familiares dos mortos procuram ornamentar as sepulturas para receber as visitas.
Um fato marcante acontece há cinco anos com o médico oftalmologista Daudeth Pastor, 82 anos, um dos primeiros da Bahia no ramo e permanece até hoje atuando. Ele mandou edificar um memorial ás margens da BA 411 trecho Coité / distrito de Salgadália, para homenagear seus pais Zeferino Gonçalves Pastor, falecido em 10 de dezembro de 1973 aos 89 anos, e sua mãe Maria da Silva Pastor, que morreu em 03 de setembro de 1975. Zeferino foi um dos fundadores da cidade e forte comerciante em loja de tecido da época. Daudeth conta que o desenvolvimento de Coité teve inicio em 1914, mas só foi emancipado em 1933.
Zeferino foi um homem muito conservador e tinha um zelo muito grande pelos seus bens, e se alguém fizer uma avaliação dos cuidados que seu filho vem tendo nos dias atuais revela o capricho de outrora. A Fazenda Lira Dantas fica a 10 km do centro de Coité e esteve aos cuidados dos herdeiros até o ano de 2005, no total de 70 anos, quando foi vendida. Mas segundo informou o médico ele reservaria um local para ser construído o memorial em frente à cerca próximo a rodovia, cuja escritura continua em nome de Zeferino, o espaço mede aproximadamente 28 metros quadrados. Daudeth fez questão de revelar que a propriedade de 900 tarefas, esteve em nome do seu pai até quando foi vendida em 2005.
Casal Zeferino Gonçalves Pastor e Maria da Silva Pastor “Pelo exemplo de virtudes, de moral, de dignidade cristã e trabalho implantado nesta área impulsionando seu desenvolvimento por mais de 70 anos“, frase escrita na placa do memorial.
Outra grande marca na historia de Zeferino foi sua Rural ano 64. Segundo os historiadores ele não ultrapassava a velocidade de 10 km/h. O veículo só circulou pela cidade enquanto ele esteve vivo. Familiares resolveram então “aposentar” o Rural que foi colocando numa garagem e com a morte da sua mãe e a saída de todos os filhos para morar fora de Coité, vândalos aproveitaram a casa sem moradores e passaram a furtar assessórios do carro.
Ao perceberem a ação dos vândalos, eles resolveram levar o carro para a fazenda, pois lá estaria sob os cuidados dos vaqueiros e ao lado da casa improvisaram uma garagem para evitar o desgaste mais rápido. Para a surpresa de muitos, o rural depois que a fazenda foi vendida um acordo com Daudeth e o novo proprietário Ernandes Ramos, sugeriu que o velho rural fosse enterrado no mesmo local que estava. Segundo Daudeth o ferrugem tinha devastado por completo e ele acatou a idéia de cavar um buraco e “sepultar” o veículo usado pelo seu pai.
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Observação Genealógica: Zeferino é neto de José Caetano Ferreira e Rosa Lima de Jesus. Na árvore genealógica eu tinha que ele era filho de uma filha de José Caetano, mas eu não sabia o nome dela, nem do marido. Recentemente encontrei o seguinte casamento no livro da igreja, creio que sejam os pais dele por causa do sobrenome pastor:
Data: 28 de novembro de 1883
Noivo: Philippe Nery Pastor, filho de José Estevão Pastor e Maria Ritta de Jesus
Noiva: Maria Rosa de Lima, filha de José Caetano Ferreira e Rosa Lima de Jesus
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