Encontrei dois postais de Serrinha nas coisas dos meus avós, não tem data.
Trecho da Praça Manoel Vitorino - Serrinha
Gare da Estrada de Ferro Leste Brasileiro em Serrinha
Esse blog é sobre a história da minha família, o meu objetivo é desvendar as origens dela através de um levantamento sistemático dos meus antepassados, locais onde nasceram e viveram e seus relacionamentos inter-familiares. Até agora sei que pertenço as seguintes famílias (nomes que por vezes são escritos de forma diferente): Ramos, Oliveira, Gordiano, Cedraz, Cunha, Carvalho, Araújo, Nunes, Almeida, Gonçalves, Senna, Sena, Sousa, Pinto, Silva, Carneiro, Ferreira, Santos, Lima, Correia, Mascarenhas, Pereira, Rodrigues, Calixto, Maya, Motta…
Alguns sobrenomes religiosos que foram usados por algumas das mulheres da minha família: Jesus, Espirito-Santo...
Caso alguém tenha alguma informação, fotos, documentos antigos relacionado a família é só entrar em contato comigo.
Além desse blog também montei uma árvore genealógica, mas essa só pode ser vista por pessoas que façam parte dela. Se você faz, e gostaria de ter acesso a ela, entre em contato comigo.
Encontrei dois postais de Serrinha nas coisas dos meus avós, não tem data.
Trecho da Praça Manoel Vitorino - Serrinha
Gare da Estrada de Ferro Leste Brasileiro em Serrinha
Derivado do orginal em Latin "sanctus" significando censurável/condenável, este sobrenome é melhor descrito como sendo de origem inicialmente européia. Está presente em todos os países cristãos e em mais de quarenta grafias individuais como: Saint (Inglês), Sant e Saunt (francês), Santos e Sains (espanhol), Sainteau e Saintin (francês), Santucci e Santello (italiano), e Santesson (sueco). O nome era originalmente um apelido para uma pessoa piedosa ou talvez, dado o humor robusto do período - o extremo oposto! Foi também, por vezes, locacional como nos sobrenomes espanhóis e Português De Santos, De los Santos e a forma fundida Dossantos, os quais descrevem uma pessoa que veio de um lugar chamado Santos ou similares, o lar original de um santo ou um lugar em que comemora um santo. O sobrenome em qualquer ortografia foi registrado pela primeira vez na Inglaterra no século 13 (veja abaixo), e essas primeiras aparições incluem Hugh Sant nos rolos de tubos da abadia de Ramsey, em Cambridgeshire, em 1270, e no continente Alonso Santos em Arrabal de Portillo, Valladolid, em 08 de outubro de 1588, e Munoz de los Santos, em Puebla de la Montalbain, Toledo, Espanha, em 14 de janeiro 1786. O primeiro registro desse nome em qualquer grafia acredita-se ser a de Roger le Sent. Este foi datado 1250, no Chartulary de Rievaux Abbey, North Yorkshire, durante o reinado do Rei Henrique 111rd da Inglaterra, 1216-1272. Ao longo dos séculos, sobrenomes em todos os países continuaram a "desenvolver", muitas vezes levando a variantes surpreendentes da grafia original.
Fonte: http://www.surnamedb.com/Surname/santos#ixzz2fGeRJnRL
O manuscrito Carta de Sesmaria (século XIX), é um conjunto de cartas referentes ao patrimônio dos Guedes de Brito com datação que varia entre meados do século XVII e início de século XIX, último período de dominação latifundiária dos herdeiros da Casa da Ponte. A carta de sesmaria evidencia, em todo o seu texto, parte dos bens adquiridos pelos Guedes de Brito, informando importantes aspectos a respeito das propriedades.
A TRANSCRIÇÃO DE DOIS FÓLIOS DA CARTA
“emenda entrelinha borrão ou
Couza que duvida possa sem
do do ditto papel o seu theor de
verbo ad verbum O Seguinte//
Papel de Compozição //__// Dizemos
nos o Mestre de Campo Anto
nio Guedes de Btito e João Pei
choto Viegas moradores nesta
Cidade da Bahia que por quan
to nos temos duvida e ignora
mos a parte e Lugar por que
nos dividimosnas terras do
Certão dos Tocos Pinda de
que eu Antonio Guedes de
Brito seu Senhor e possui
dor por titulo de Sismaria e
eu João Peixoto Viegas Se
nhorPossuidor das terras
da Agoa Fria Itapororocas
Jacuipe Velho que hummas
e outras São hereos vizinhas
dos Tocos [...] vizinhas das
dos Tocos e Pinda em Razão
de não Sabermos aonde fin
da alias Sabermos aonde
Chegão e acabão entre nos
as ditas terras temos duvida”
“duvida parecendo a cada qual
que nos entrarmos e tomamos
hum ao outro. Viemos a Com
cordarmo nos e acordamos
amigavelmente por Conser
varmos nossa antiga e
boa amizade e evitar o
trabalho e gasto de demarca
das entre nos e nossos her
deiros conviemos e acorda
mos que a prezente digo
que a partir e Sorte das Ter
ras dos Tocoz e Pinda se me fez
a primeiro Seguindo a data
della pela forma que se diz e se
marca a Provizão da Sua Ses
maria e Se ponhão marcas
e Signais que Serão pa
ra Sempre de divizão com
as terras de Agua fria Ita
pororocas e Rio Jacuipe ve
lho que tem a Sisma
ria de mim João Peixoto
Viegas porquanto as ditas
terras de Tocoz e Pinda ficão
ao Norte do dito Rio e Itapo
rorocas Agua fria e cheio”
Mais uma escritura antiga que encontrei nas coisas da minha avó Sineide Ramos…
Documento: Escritura de Compra e Venda
Vendedor: Veridiano Gonçalves da Rocha e sua mulher Maria Senhorinha da Cunha
Comprador: Manoel do Bispo dos Santos
Imóvel: Terras nas terras do Penhasco, deste termo, que pertenceram a Manoel Longuinho de Araújo e sua mulher
Valor: 80 mil réis
Data: 17 de Janeiro de 1929
Local do Cartorio: Conceição do Coité
Feira Pública – Jacobina - Espetacular ver como o fluxo financeiro do País fluía por Jacobina Bahia principalmente no ciclo aurífero e na foto ver-se a Praça Rio Branco onde se concentrava a feira municipal atividade de compra venda e troca de produtos de subsistência comum.
Fonte da foto: José Macelino Filho
A Igreja e Convento de Bom Jesus da Glória, foram fundados em 1706, pelos franciscanos, nas terras de propriedade da família Guedes de Brito. Mais tarde, surgiria próxima a esta capela a Vila de Jacobina. Sua planta desenvolve-se simetricamente, segundo o eixo longitudinal, possuindo capela-mor e nave que são envolvidas pela sacristia, consistório, alpendre, capela lateral e copiar. Da varanda lateral, arrodeada de bancos, nasce a escada externa de acesso ao coro e púlpito. Sua fachada é dominada pela presença do copiar e torre sineira de madeira. O interior é sóbrio, só a capela-mor possui forro, que é prismático, em caixotões policromados. O púlpito, conserva na talha símbolos cristãos e indígenas. Dentre a imaginária destacam-se: dois crucifixos, com esplendores de prata, Nossa Senhora da Piedade e São Miguel. Hoje a Igreja está tombada pelo Instituto do Patromônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN. Endereço da Igreja do Bom Jesus da Glória: Praça das Missões, s/n - Jacobina – Bahia Fonte: iphan.gov.br
A Capela do Bom Jesus da Glória ou Igreja da Missão, como é conhecida pelos moradores de Jacobina, assenta-se sobre um morro, voltando as costas para a cidade e a frente para o vale do Rio Itapicuru‐Mirim. Construída no início do século XVIII pelos fundadores da Casa da Ponte, foi doada no ano de 1706 aos missionários franciscanos, que lhe anexaram um pequeno convento, demolido em 1860 pela Irmandade de Nossa Senhora da Paciência. Em 1972 foi classificada pelo IPHAN. O partido é em nave única, com sacristia e consistório ladeando a capela‐mor. Dois alpendres laterais complementavam o copiar fronteiro. Tanto os alpendres como o copiar já eram usados pelos franciscanos em Portugal e são comuns nas capelas rurais baianas. No entanto, a combinação dos dois é relativamente rara e, por isso, é lamentável que um dos alpendres tenha sido fechado para a construção de uma capela. A fachada principal é de empena. Vislumbram‐se acima do copiar as janelas do coro e sob ele duas janelas pequenas e baixas, fechadas por grades de madeira, que flanqueiam a portada de verga reta e cercaduras simples. No ângulo esquerdo, levanta‐se o campanário em estrutura de madeira. Os diversos panos de telhados hierarquizam os espaços, criando um belo jogo de volumes. A capela‐mor possui forro em caixotões policromados, e abre para o consistório um vão isolado por grades de madeira. A nave conserva os nichos dos antigos altares que, segundo Azevedo, são herança das capelas laterais das igrejas jesuíticas, e o púlpito em talha com símbolos cristãos e indígenas. Fonte: http://www.hpip.org/
Lorenzo Aldé 19/9/2007
No casarão do senhor de engenho, agora a festa é dos negros. O samba de roda — que animava terreiros de candomblé e rodas de capoeira onde os escravos reafirmavam suas raízes africanas — tomou posse do Solar que pertenceu ao Conde de Subaé, em Santo Amaro, Bahia. Foi na última sexta-feira, dia 14.
A bela construção do século XIX, que chegou a abrigar d. Pedro II no tempo em que a produção de açúcar dinamizou a economia do Recôncavo, foi inteiramente restaurada. Ficou assim apta a abrigar um patrimônio da Humanidade, título que o samba de roda baiano recebeu da Unesco em 2005.
Merecidamente. A manifestação resistiu ao tempo e ainda se expressa em suas formas tradicionais em toda a Bahia: os participantes dispostos em círculo, a dança no meio, os versadores, as respostas em coro, as palmas. À matriz africana, foram adicionados instrumentos portugueses, como a viola (alguns grupos usam até sanfona). E deu-se novo uso para uma peça de cozinha européia: o prato de ágata. Assim surgiu o prato-e-faca, executado com maestria pelas mulheres, como se fosse um reco-reco.
Fora as peculiaridades musicais, as rodas se associam a outros eventos que não vivem sem elas. Das festas religiosas — católicas, afro-brasileiras e mesmo indígenas — às celebrações cotidianas.
“No Nordeste, toda festa popular é samba”, resume Gilberto Gil. Simbolicamente, o personagem perfeito para a ocasião: é negro, baiano e músico o Ministro de Estado responsável por transformar oficialmente o Solar do Subaé em Casa do Samba de Santo Amaro.
A festa começou com os discursos políticos de praxe e acabou nas mãos e pés de quem de direito — o povo encheu a rua em frente ao Solar para sambar até de madrugada ao som de cerca de 20 grupos de samba de roda, além de alguns “primos” vindos de outros estados, como o jongo (RJ, SP e ES) e o tambor de crioula maranhense.
Esses dois ritmos, por sinal, também já foram registrados como patrimônios imateriais junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). E há outros na fila, como o coco, que ocorre em vários formatos e localizações geográficas.
Um seminário realizado no sábado, dia 15, no Teatro Dona Canô, mostrou que ainda há muito o que revelar sobre a diversidade musical popular no país, e muito trabalho a fazer para preservá-la.
Naturalista do samba
O samba de roda por pouco não perdeu um de seus instrumentos originais. O machete é uma espécie de viola, maior que o cavaquinho e menor que o violão. Antes que o samba de roda ganhasse reconhecimento mundial, e com ele a atenção do estado, restavam apenas três exemplares de machete na Bahia. E uma única pessoa capaz de construi-los: seu Zé de Lelinha, em São Francisco do Conde. O projeto de “salvaguarda” do samba de roda, promovido pelo Iphan, instituiu na cidade uma oficina ministrada pelo antigo mestre, para ensinar jovens a fabricar o machete.
O amplo espaço da Casa do Samba de Santo Amaro foi inaugurado com uma exposição de fotos, textos e objetos. Mas o objetivo é torná-la um centro de referência para a pesquisa musical, com acervos sonoros, estudos, partituras e vídeos sobre o samba de roda, disponíveis para consulta.
Incluindo, espera-se, os preciosos registros do americano Ralph Waddey, que entre 1966 e 1985 foi o primeiro a gravar e filmar a diversidade dos sambas de roda baianos. Seu acervo tem cerca de 250 horas de áudio e documenta a arte de muitos antigos instrumentistas e versadores que não estão mais entre nós.
“Me comparo com os botânicos que no século XIX viajavam o Brasil coletando a registrando plantas e flores. Sou um naturalista do samba”, compara. E é por ter conhecido o samba em “estado natural” que relativiza essa história de existir uma “Casa do Samba”. “O que é uma casa do samba? É qualquer casa de qualquer rua do Recôncavo onde se samba. Quem é o produtor artístico do samba? É a Zelita, a Ana, o João. A Casa do Samba em Santo Amaro é para lembrar a vocês que não esqueçam de sambar em casa, porque na Bahia tudo acaba em samba”, afirmou, no Seminário.
Apesar da ressalva, Ralph doou para a Casa do Samba um primeiro material digitalizado com 9 horas de duração. Mas ainda negocia como será feita a cessão do restante do acervo, que ele faz questão de digitalizar pessoalmente.
A prudência do pesquisador se explica porque ainda não está bem definida a administração da Casa do Samba. A Associação dos Sambadores e Sambadeiras do Estado da Bahia, criada em 2005, é candidata natural a gerir o centro. Os recursos devem vir do Ministério da Cultura, com a efetivação, no local, de um “Pontão de Cultura”, referência para os demais “Pontos de Cultura” do Recôncavo.
Quer dizer que a Casa foi inaugurada sem que se saiba como funcionará e se cumprirá sua missão? Sim, é isso mesmo. A restauração do Solar foi inclusive acelerada para que a festa coincidisse com o centenário de Dona Canô, que parou a cidade e atraiu a imprensa. Mas preservar a cultura, ao contrário de erguer ou reformar prédios, é assim mesmo: um esforço necessariamente inacabado.
Melhor notar o que já se ganhou. Associação, oficinas de machete, o Solar do Conde, um dossiê produzido pelo Iphan e um CD com o registro da música de 21 grupos. Para quem resistiu ao preconceito durante longos séculos e manteve-se forte mesmo quando era “invisível”, a roda agora promete.
Mais uma escritura antiga que encontrei nas coisas da minha avó Sineide Ramos…
Documento: Escritura de Compra e Venda
Vendedor: Joaquim de Sousa Filgueiras (morador na fazenda do Anastacio, da Freguezia de Pedrão)
Comprador: Capitão José Joaquim da Silva Carvalho (morador na Vila da Purificação dos Campos)
Imóvel: Fazenda Casa Nova, antigamente conhecida por Sitio do Meio, na freguezia do Coité, do Termo da Feira de Sant’Anna
Valor: Oitocentos e noventa mil réis
Data: 15 de dezembro de 1873
Local do Cartorio: Vila da Purificação dos Campos