Sebastião da Rocha Pitta, no seu livro Historia da America Portugueza (1730), disse o seguinte sobreas minas de Jacobina:
“N’este tempo as minas de Jacobina (dilatada porção de terra da província da Bahia, pelo seu interior continente cento e vinte leguas da cidade, e pelo grande rodeio do caminho quasi na mesma altura) brotavam os mais portentosos grãos que até o presente se tem visto nas outras do Brazil. Quatro se trouxeram á casa da moeda, de notáveis fôrmas e de tanto peso, que um importou mais de setecentos mil réis, os outros pouco menos e depois um de valor de três mil cruzados. Haviam alguns annos dado mostras de finissimo oiro que guardavam as veias de seus montes, para o tributarem no governo do Marquez Vice-Rei . Por noticia que d’estas minas tivera o governador geral D. João de Lencastro, mandou ao descobrimento d’ellas, no anno de mil setecentos e um, o Coronel Antonio Alves da Silva e um religioso do Carmo, que por natural de S. Paulo tinha sufficiente experiencia d’aquelle emprego, assistidos de dois sargentos e dez soldados, com as ferramentas e instrumentos necessarios para esta diligencia, da qual não resultou o effeito que se esperava, pelas poucas oitavas de oiro que se tiraram; e pouco antes da vinda do marquez, concorrendo de varias partes muita gente, applicando maiores forças, se foram e vão lavrando, posto que com maior trabalho que as do Sul, porque o oiro da Jacobina, quanto mais finos loca os quilates, tanto mais profundo tem o nascimento.”
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