Esse blog é sobre a história da minha família, o meu objetivo é desvendar as origens dela através de um levantamento sistemático dos meus antepassados, locais onde nasceram e viveram e seus relacionamentos inter-familiares. Até agora sei que pertenço as seguintes famílias (nomes que por vezes são escritos de forma diferente): Ramos, Oliveira, Gordiano, Cedraz, Cunha, Carvalho, Araújo, Nunes, Almeida, Gonçalves, Senna, Sena, Sousa, Pinto, Silva, Carneiro, Ferreira, Santos, Lima, Correia, Mascarenhas, Pereira, Rodrigues, Calixto, Maya, Motta…


Alguns sobrenomes religiosos que foram usados por algumas das mulheres da minha família: Jesus, Espirito-Santo...


Caso alguém tenha alguma informação, fotos, documentos antigos relacionado a família é só entrar em contato comigo.


Além desse blog também montei uma árvore genealógica, mas essa só pode ser vista por pessoas que façam parte dela. Se você faz, e gostaria de ter acesso a ela, entre em contato comigo.

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Sobrenome Carvalho

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Por Ana Carolina Rebêlo Campos de Carvalho & Ana Claudia Carvalho Carino de Melo

A origem e a história da Família CARVALHO

Carvalho

Origem.

O sobrenome Carvalho é frequente em Portugal, onde há várias famílias, não necessariamente relacionadas, com esse apelido/sobrenome.

A mais ilustre Família portuguesa com este sobrenome e varonia talvez seja a do Marquês de Pombal, ainda que não tenha, porventura, a chefia da antiga Família Carvalho portuguesa.

Outra corrente diz que se trata de um Sobrenome de origem portuguesa, classificado como um toponímico, o qual é de origem geográfica. Existem registros deste sobrenome em Portugal desde o século XII. Em antigos registros consta como Carvalio.

A família Carvalho tem solar no antigo Morgado de Carvalho, em terra de Coimbra fundado por D. Bartolomeu Domingues, Concelho de Penacova, nas famosas serras do Carvalho, pai de D. Soeiro Gomes de Carvalho. O primeiro Carvalho que se destacou deve ter sido uma pessoa que residia próximo a um carvalho que deveria servir de referencia na região ou pelos atributos da planta em comparação ao indivíduo.

Aqueles do século XIV, membros da honorável casa dos CARVALHO, viveram no tempo em que uma das maiores façanhas das armas da história de Portugal teve lugar, a saber, a batalha de Aljubarrota, travada em 14 de agosto de 1385, próxima da assim denominada cidade, localizada no centro de Portugal.

O rei castelhano, Juan I, reclamava a coroa de Portugal. A grande maioria dos portugueses, incluindo muitos dos patrióticos membros da família Carvalho, não estavam dispostos a aceitar um rei castelhano, razão pela qual escolheram como seu líder a João de Aviz, que se iriam juntar à luta que estava para vir por Nuno Alvares Pereira, o "Condestável".

Juan I invadiu Portugal confiante no valor de seu exército, que contava com vinte e dois mil cavaleiros e soldados, e esperava o apoio de nobres portugueses que o tinham como legítimo herdeiro. Ao contrário, João, que tinha sido proclamado rei de Portugal há apenas quatro meses atrás, estava apto para reunir tão somente uns meros sete mil homens.

Não obstante, a prestígio do Chefe Pereira, ganho através de suas vitórias em incursões do ano precedente, inspirou entre a milícia de seus comandados e soldados, os quais podem ter incluído heróicos membros da família CARVALHO, a garantia da necessidade de uma condição de vitória. Uma vez que a direção dos castelhanos tornou-se clara, Pereira propôs um plano que acarretaria no bloqueio das linhas inimigas em avanço e, então, procederia a ofensiva, tendo manejado seus inimigos em terrenos que anularia a vantagem numérica dos invasores.

A despeito da desconfiança de alguns comandantes portugueses em adotar uma estratégia agressiva contra um oponente numericamente superior, o ritmo dos acontecimentos tiveram poucas alternativas para escolha de ações e os ainda indecisos foram forçados a seguir o audacioso desígnio do Condestável, que saiu de Abrantes com o exército levantado e seguiu para Comar. Os portugueses procederam para prevenir o avanço dos castelhanos em Lisboa e Pereira colocou suas forças numa colina defensiva ao norte e a oito quilômetros ao sul de Leiria. Alí, com encostas ásperas para ambos os lados, a posição defensiva tinha a vantagem da inclinação sobre o campo do atacante.

Os cavaleiros castelhanos, acreditando em sua própria superioridade e ignorantes do terreno, resolveram atacar. O triunfo português em Aljubarrota, uma fonte de honra para todos, incluindo os atuais portadores do nome de família CARVALHO, não só preservou sua independência nacional, mas também marcou a supremacia política das classes burguesas de Portugal, que tinham preparado e feito a revolução de 1383 e escolhera a João de Aviz como rei, demonstrando a vantagem da infantaria, organizadas de maneira democrática, que lentamente iam anulando o valor da cavalaria medieval.

O sobrenome CARVALHO, pertencente a uma antiga família portuguesa, é classificado como sendo de origem habitacional. Este termo se refere aos sobrenomes dos quais a origem se encontra no lugar de residência do portador original. Nomes habitacionais nos dizem de onde foi saído o progenitor da família, seja uma cidade, vila ou um lugar identificado por uma característica topográfica. No que diz respeito ao sobrenome CARVALHO, este é derivado do lugar de nome Carvalho, vila do distrito de Coimbra, aos pés da Serra de Carvalho.

Este sobrenome indica assim que o portador original era natural desta região onde se encontrava árvores de carvalho em abundância. O sobrenome CARVALHO se tornou muito popular, espalhando-se por toda a Península Ibérica. Na Espanha é encontrado na forma de Carvallo. Uma das mais antigas referências a este nome ou a uma variante é o registro de Pelagius Carvalis, que aparece como um dos assinantes de um documento relativo ao convento de monjas de Larvao, em 1131. Pesquisas continuam, e este nome pode ter sido documentado muito antes da data mencionada acima.

Portadores notáveis do sobrenome CARVALHO foram, entre outros: Alvaro de Carvalho, capitão português e governador da prade de Mazagão, que em 1552 a defendeu do ataque de um forte exército mouro; Amador Leal Carvalho, poeta português, citado em 1640; Delfim Carlos de Carvalho, Barão de Passagem, vice-almirante brasileiro, nascido em 1825; e Francisco Gomes de Carvalho, músico brasileiro nascido em 1847.

As armas descritas abaixo foram concedidas à família CARVALHO pelas autoridades apropriadas.

Uma das figuras muito admiradas e reverenciadas pelos portugueses, sem dúvida incluindo passados e atuais membros da ilustre família CARVALHO, é a Santa Elizabeth de Portugal (1271-1336), também conhecida como "A Pacificadora" e "A Rainha Santa". Filha de Pedro III de Aragão, ela foi chamada por sua tia, Santa Elizabeth da Hungria e foi casada com o rei Dinis de Portugal em 1282, um evento conhecido por alguns dos membros da família CARVALHO.

Elizabeth venceu a corrupção e prazeres da corte real, devotando sua riqueza e energia para atividades caritativas. Quando seu filho Afonso empreendeu uma rebelião contra seu pai, Elizabeth bravamente interpôs-se entre os exércitos oponentes efetuando a contento uma reconciliação. Verdadeira para com seu cognome "A Pacificadora", Elizabeth morreu em meio à rota para um campo de batalha, onde esperava conseguir a paz entre seu filho, o rei Afonso IV, e o rei castelhano Alfonso XI. De fato, os portadores do sobrenome CARVALHO podem gloriar-se na rica e colorida história de sua terra, Portugal.

BRASÃO DE ARMAS

De azul, com uma estrela de ouro de oito raios, encerrada numa caderna de crescentes de prata.

Tradução: Azul denota Fidelidade e Verdade. Ouro indica Nobreza e Generosidade. Prata simboliza Pureza.

TIMBRE: Um cisne de prata, membrado e armado de ouro, com a estrela do escudo no peito.

ORIGEM: Portugal

terça-feira, 2 de junho de 2015

Ichu: Morre o ex-prefeito Abelardo Gordiano Cedraz



Faleceu neste sábado, 30, em Feira de Santana, o ex-prefeito de Ichu, Abelardo Gordiano Cedraz, nascido em 24 de agosto de 1931, portanto aos 83 anos.
Seu Abelardo entrou para a história de Ichu por ter sido candidato único, bem como o primeiro a governar o município por quatro anos, ou seja, de 1973 a 1976.
Conforme familiares o mesmo já vinha com a saúde bastante debilitada e nos últimos dias teve o quadro agravado até chegar ao óbito.
O corpo do senhor Abelardo deverá estar chegando a Ichu por volta das 19 horas deste sábado e será velado na Fazenda Tanque Grande situada no Bairro Cruzeiro próximo a Prefeitura e o sepultamento será neste domingo às 9 h da manhã no cemitério São Joaquim.
O corpo será velado na Fazenda Tanque Grande situada no Bairro do Cruzeiro próximo a Prefeitura
O ex-prefeito era casado com Ivete Santiago Cedraz e era pai de quatro filhos, sendo César Augusto Santiago Cedraz, Drª Mara Rúbia Santiago Cedraz, George Santiago Cedraz “Tuca” e Maria Aparecida Santiago Cedraz.
Na fazenda Tanque Grande ele fazia questão de guardar diversos objetos e muitos deles já foram utilizados durante as Semanas Culturais realizadas no período de comemoração da Emancipação Política do Município. Apesar do cuidado, muitos desses objetos acabaram se deteriorando com o tempo.
Seu Abelardo que foi um grande músico em Ichu,  era considerado um homem bem organizado e inclusive fazia questão de guardar todos os documentos em ordem, guardar pisos de cerâmica em caso de o mesmo sair de linha, anotar tudo que gastava, bem como tinha todos os seus veículos em ordem a exemplo de um Fusca e um Corcel.
Conforme o Prefeito Antonio George, será decretado Luto Oficial de três dias no município de Ichu.
Fonte: Reportagem André Luiz – AL Notícias

Serrinha 1916

 

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Fonte: http://memoria.bn.br/DocReader/hotpage/hotpageBN.aspx?bib=313394&pagfis=64450&pesq=&url=http://memoria.bn.br/docreader#

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Brasões das Famílias Carvalho, Carvalhais, Carvalhal e Carvalhal Bem-feito

 

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O sobrenome Carvalho tem origem em uma árvore de mesmo nome, o carvalho é uma árvore imponente que constitue grandes florestas e bosques de carvalhos, que são chamados de carvalhais, e no seu singular carvalhal.
Durante a Idade Média vários profissionais dependiam dos carvalhos, sendo eles lenhadores, marceneiros, construtores de casas, caçadores e criadores de porcos, é provável que sejam estes os primeiros a usarem Carvalho como apelido.


A presença destas árvores serviu também para denominar regiões, como uma aldeia nos arredores de Coimbra, onde possivelmente surgiu oficialmente sobrenome Carvalho e a linhagem nobre da família.


Quanto aos sobrenomes Carvalhais e Carvalhal Bem-feito, seriam variações do sobrenome Carvalhal que por sua vez surgiu na apologia a terras onde havia carvalhos, referencias mais antigas ao sobrenome carvalhal datam do inicio do século XIV, em que é citado certo D. Álvaro Gil de Carvajal, que seria o patriarca da linhagem nobre da família Carvalhal, este por sua vez era bisneto de Gonçalo Gonçalves de Carvajal, quem alguns autores consideram ser filho do rei D. Bermudo II de Leão. O nome Carvajal teria se tornado Carvalhal na geração seguinte a de D. Álvaro Gil de Carvajal.


Quanto aos Brasões das famílias Carvalhal, Carvalhais e Carvalhal Bem-feito, todas compartilham um único brasão, o brasão abaixo com o timbre de uma torre ornada com folhas de carvalho, porém a família Carvalhal tem mais um brasão, o com uma fortaleza de prata sobre um fundo vermelho, cujo timbre é um mouro atravessado por uma lança, porem este ultimo é exclusivo a família Carvalhal.

Fonte: http://historicobrasaodefamiliass.blogspot.com.br

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Assinaturas

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Octacilio Araújo, Emidio Ramos, … Antonio Mascarenhas, … Oldack Amancio de Araújo, …, Truelios Calixto da Cunha

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… Antonio Nunes Gordiano, … Durval Mascarenhas, … Teocrito Calixto da Cunha…

Fonte: Documento da Filarmonica de Coité

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Ruas de Coité

 

Reparei que muitas das ruas de coité tem nomes de parentes, resolvi listar algumas que encontrei, alguem sabe de outras?

 

Rua Antonio Félix de Araújo

Rua Wilton Nunes Gordiano

Rua Elielza Cruz Ramos

Rua Emídio Ramos Gordiano

Rua Antonio Nunes Gordiano

Rua Leopoldino Ramos

Rua Porcina Rosa Araújo


Rua Antônio Nunes Gordiano

Rua Manoel Ramos Gordiano

Rua Antônio Araújo

Rua Antônio Calixto Cunha

Rua Theognes a Calixto Cunha

Rua Antônio Nunes Gordiano Filho

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Brasão da Família Nunes

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O sobrenome Nunes surgiu durante a Idade Média na península Ibérica, o nome Nunes servia para dizer que aquele indivíduo era filho de Nuno ou vinha das terras de alguém chamado Nuno, dessa forma não existe uma origem única para a família Nunes. Há também uma serie de variação do sobrenome na Espanha, sendo as mais comuns Nunez, Nuñez, Nuno e Nuño.

Muitos acreditam que o nome Nuno venha do hebraico, onde Nuno significa peixe, dando uma origem judaica ao nome, porem é mais provável que o nome tenha vindo do latim nonio, nona ou nonus, que significa nono e gerou a variação ibérica Nuno.

Ao lado os dois brasões da família Nunes, um traz uma folha de palmeira sobre um fundo de ouro, já o outro bem mais comum, é um brasão partido de prata e vermelho, sendo a parte de prata costada por uma contrabarra azul, na outra banda um leão de ouro cercado por quatro merletas de ouro (pássaros semelhantes a andorinhas e significam a busca da sabedoria e a educação), muitos representam erradamente este ultimo brasão sem as merletas.

Fonte: http://historicobrasaodefamiliass.blogspot.com.br

domingo, 5 de abril de 2015

Batismos 1887 (1) - Conceição do Coité

Livro de Batismos 1883 -1893

Estou dando uma olhada nos livros de batismo de Coité para ver quem da familia eu encontro neles …

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Nome: Jovita

Data de Batismo: 20 de março de 1887

Data de Nascimento: 28 de janeiro de 1887

Pais: Luis Severo Ramos e Ignez Maria de Jesus

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Nome: Laurinda

Data de Batismo: 21 de abril de 1887

Data de Nascimento: 17 de março de 1887

Pais: João Gonçalves de Oliveira e Leopoldina Maria de Jesus

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Nome: José

Data de Batismo: 24 de abril de 1887

Data de Nascimento: 26 de março de 1887

Pais: Luis Antonio de Araújo e Marcolina Lopes de Jesus

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Nome: Vitalina

Data de Batismo: 19 de maio de 1887

Data de Nascimento: 26 de março de 1887

Pais: José Affonço de Sousa Pinto e Maria Appollinaria de Oliveira

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Nome: Olympia

Data de Batismo: 19 de maio de 1887

Data de Nascimento: 24 de abril de 1887

Pais: Manoel André de Sousa Pinto e Bernardina de Sena do Espirito Santo

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Nome: Davina

Data de Batismo: 24 de julho de 1887

Data de Nascimento: 01 de maio de 1887

Pais: Possidônio Ramos de Oliveira e Maria Sophia da Cunha

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Nome: Cyrillo

Data de Batismo: 21 de agosto de 1887

Data de Nascimento: 09 de julho de 1887

Pais: João José da Cunha e Maria Josefa de Jesus

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Nome: Benjamin

Data de Batismo: 21 de agosto de 1887

Data de Nascimento: 10 de abril de 1887

Pais: Manoel Gregório de Sousa Pinto e Joanna Maria de Jesus

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Nome: Arthelina

Data de Batismo: 10 de setembro de 1887

Data de Nascimento: 21 de agosto de 1887

Pais: José Luis de Araújo e Anna Porcina da Cunha

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Nome: Maria

Data de Batismo: 11 de setembro de 1887

Data de Nascimento: 29 de agosto de 1887

Pais: Antonio Calixto da Cunha e Maria Sancha da Cunha

Nome: Maria

Data de Batismo: 11 de setembro de 1887

Data de Nascimento: 17 de julho de 1887

Pais: Antonio Calixto da Cunha e Maria Sancha da Cunha

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Nome: Fabriciano

Data de Batismo: 11 de setembro de 1887

Data de Nascimento: 26 de agosto de 1887

Pais: Delfino Francisco de Araújo e Cecilia Maria de Lima

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Nome: Anna

Data de Batismo: 15 de Setembro de 1887

Data de Nascimento: com dois meses

Pais: Antonio Joaquim Ramos de Almeida e Possidonia Rosa Carneiro

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Nome: Anna

Data de Batismo: 23 de Outubro de 1887

Data de Nascimento: 17 de Agosto de 1887

Pais: Primo Nunes Gordiano e Cyrilla Maria dos Reis

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Nome: Francisca

Data de Batismo: 20 de Dezembro de 1887

Data de Nascimento: 17 de Março de 1887

Pais: José Tiburcio dos Santos e Bernardina Maria de Sena

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Nome: Dionisio

Data de Batismo: 25 de Dezembro de 1887

Data de Nascimento: 09 de Outubro de 1887

Pais: José Calisto da Cunha Junior e Maria Carneiro Motta (Callixto?)

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Nome: Estevão

Data de Batismo: 25 de Dezembro de 1887

Data de Nascimento: 03 de Agosto de 1887

Pais: Honorato Manoel de Araújo e Ignez Maria de Jesus

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Nome: Firmina

Data de Batismo: 25 de Dezembro de 1887

Data de Nascimento: 12 de Setembro de 1887

Pais: José Francisco de Araújo e Maria Bernardina de Jesus

 

Nome: Polycarpo

Data de Batismo: 25 de Dezembro de 1887

Data de Nascimento: 15 de Setembro de 1887

Pais: Francisco Clarindo de Araújo e Sabina Maria de Jesus

quinta-feira, 19 de março de 2015

ESTRADA DE FERRO

 

A construção de estradas de ferro é fato importante da história do Brasil no século XIX. Trazida pelos ingleses, tal tecnologia era sinônimo de modernidade e progresso, possibilitando a ligação entre regiões e, inclusive, do interior com o litoral, num contexto que abrange o auge da economia cafeicultora e impulso industrial. De acordo com Cássia Maria Muniz Carleto, o primeiro ato de incentivo à implantação das estradas de ferro no Brasil foi o decreto de 1835, mas que não conseguiu atrair investimentos nacionais nem internacionais para a construção das ferrovias no país. O decreto de 26 de junho de 1852 impulsionou parte das iniciativas para a construção das estradas de ferro no Brasil, visto que estabeleceu privilégios como a isenção de impostos e apropriação de terrenos públicos.

Na Bahia, a primeira proposta para implantação das estradas de ferro ocorreu em 1852, através da Junta da Lavoura, composta por representantes dos proprietários de terras. Tais representantes tentaram convencer a sociedade baiana da necessidade de construção de ferrovias na província, apresentando um projeto para a construção de uma estrada de ferro que partiria de Salvador até Juazeiro. Com a desistência da Junta, a empresa Bahia San Francisco Railway Company, liderada por empresários ingleses, através da aprovação do
decreto imperial de 1855, ganhou o direito de construir as estradas de ferro que ligariam Salvador às margens do Rio São Francisco.

As construções se iniciaram em 1858. A ferrovia partiu de um trecho chamado
Jequitaia, região litorânea de Salvador. Tal escolha se deveu ao fato de que tal localidade estaria inserida numa região importante para Salvador, o bairro comercial da capital, confirmando a intenção de que a ferrovia possibilitasse a facilidade de comunicação entre o interior e o porto de Salvador, principalmente para o transporte de mercadorias. A inauguração dessa primeira linha férrea da capital baiana ocorreu em 1860.

 
A primeira etapa da ferrovia que deveria partir de Salvador alcançando a cidade de Alagoinhas, atravessando os rios Joanes, Pojuca, Jacuípe e Catu, foi finalizada em novembro de 1863. O referido trecho, de acordo com Robério Santos Souza, foi o mais caro dentre as estradas de ferro construídas na Bahia e um dos mais rebaixados, o que pode ser comprovado pela utilização de materiais de qualidade inferior, além de falhas técnicas e construções
incompletas.

Contudo, a companhia inglesa não cumpriu com o acordo de construir a ferrovia até a cidade de Juazeiro, cabendo ao governo imperial a tarefa de seguir rumo ao rio São Francisco. O início das construções do prolongamento da estrada de ferro ocorreu em 1876, correspondendo ao trecho de Alagoinhas a Vila Nova da Rainha (atual Senhor do Bonfim) até finalmente chegar a Juazeiro, percorrendo as seguintes localidades: Aramari, Serrinha, Salgada, Água Fria, Ouiçangas e Itiúba, dentre outras, como demonstram os mapas a seguir. O primeiro trecho inaugurado foi entre Alagoinhas e Serrinha, em 1880. Observe os mapas:

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Segundo Robério Souza, no século XIX, a cidade de Alagoinhas tornou-se um
importante entroncamento ferroviário da província, principalmente pelo fato de estar articulada a duas linhas ferroviárias: uma que a ligaria até a cidade de Timbó, na rota para o estado de Sergipe, e a outra, até Juazeiro.


Nos momentos finais da construção do prolongamento, o engenheiro Miguel de Teive e Argolo foi encarregado de finalizar os trabalhos da estrada, o que ocorreu em 1896, quando finalmente se alcançou o rio São Francisco. Em 1895, de acordo com o decreto federal de 31 de agosto, tal via passou a ser denominada de Estrada de Ferro do São Francisco, substituindo o nome Prolongamento da Estrada de Ferro da Bahia ao São Francisco.

A estrada de ferro da Bahia ao São Francisco representava esperança de progresso e de integração regional. Contudo, mostrou-se economicamente inviável, pelo menos até fins do século XIX. Essa ferrovia, primeira estrada de ferro construída na Bahia, teve como transporte fundamental produtos relevantes para a economia regional, mas pouco importantes para o Império. Ao analisar os relatórios provinciais, Robério Souza constata que a maior parte dos produtos transportados correspondia a elementos utilizados para a alimentação dos baianos, inclusive animais como bois, vacas, carneiros, que também eram transportados nos vagões dos trens. Dessa forma, a ferrovia transportava elementos fundamentais para o mercado baiano, intensificando a comunicação regional entre interior e capital.

Apesar do funcionamento deficitário, a estrada de ferro que ligava Salvador a Juazeiro representou nesse período um importante instrumento de integração entre a capital e a região sertaneja, constituindo-se em um elemento de grande importância social para o sertão, principalmente devido às maiores possibilidades de locomoção, além do sinônimo de modernidade por proporcionar maior facilidade de acesso à capital da província.

Com a construção do prolongamento em Serrinha, logo tornam-se visíveis
modificações no local com a chegada de trabalhadores da capital e outras regiões, principalmente com o rompimento da paz que dominava a vila. Segundo Tasso Franco, a construção da estrada de ferro foi um fator motivador da mudança do perfil de Serrinha e da sociedade local:

O trem representava civilidade. Aplicaram-se técnicas de engenharia
moderna na construção da estrada, construíram prédios para dar suporte a
estação do trem, ergueram-se casas para os servidores em padrões europeus,
e instituíram a assistência social e médica. Com a edificação da estrada muitos “forasteiros”, no bom sentido, permaneceram na localidade e a
impulsionaram. A influência foi tão marcante que durante longos anos a rua
da Estação constituiu-se no principal local de moradia da cidade uma
espécie de área nobre.

Com as poucas fontes disponíveis para análise, apenas as correspondências dos juízes locais ao presidente da Província, chamam a atenção para a constatação da presença de escravos trabalhando na construção, juntamente com trabalhadores vindos de capital e outras regiões:

O socego publico desta villa e seu termo reclama que haja para a
manutenção da ordem, um destacamento do corpo de polícia, que possa
refrear os desatinos, e evitar os abusos, que dia a dia se augmentam com a
chegada de trabalhadores para o prolongamento da estada de ferro, que
além de se unirem a escravos para cometerem desatinos, são de usos e
costumes differentes e dão logar a freqüentes conflitos.

A citação acima, referente a uma correspondência dos juízes de Serrinha ao presidente da província, datada de 29 de maio de 1877, demonstra a preocupação das autoridades locais com a chegada dos trabalhadores oriundos de outras regiões, para o prolongamento da estrada de ferro. A idéia determinante nessas correspondências é que tais trabalhadores pertenciam a “usos e costumes” diferentes, o que causaria repetidos conflitos em Serrinha. Apesar de não possibilitar uma visão da natureza e causa desses conflitos, é interessante notar a presença de escravos tanto nos trabalhos do prolongamento da ferrovia quanto nos ditos “desatinos”.

Na maior parte das obras de grande porte, a exemplo da construção de ferrovias, era necessário um número considerável de trabalhadores que estivessem dispostos a realizar determinados tipos de trabalho. No caso da ferrovia, em parte pelo encarecimento do preço dos escravos a partir da década de 1850, com a proibição do tráfico africano, havia restrições
quanto ao emprego dessa mão-de-obra no trabalho das estradas de ferro, o que muitas vezes tornava-se um desafio devido à escassez de trabalhadores livres disponíveis.

Robério de Souza chama a atenção para a presença negra nas obras das ferrovias baianas, inclusive através do questionamento, por muito tempo presente na historiografia brasileira, em relação ao estereótipo dos operários brasileiros caracterizados como majoritariamente brancos e, em sua grande maioria, imigrante. O autor percebe a presença negra, principalmente no pós-abolição, na constituição da mão-de-obra das estradas de ferro na Bahia, representada através da atuação de um tal Galdino, filho de africano, num
movimento grevista em 1892, além de Basílio, que foi capturado pelas forças públicas quando trabalhava na estrada de ferro na Bahia ainda em 1868.

(…)

Quanto ao perfil da mão-de-obra para a construção do prolongamento da estrada de ferro em Serrinha, foram encontrados apenas dez registros de óbito que pouco esclarecem a respeito. Em todos os registros, os trabalhadores referidos não era naturais de Serrinha, inclusive dois eram oriundos de outras províncias: Ceará e Sergipe, respectivamente Benevento Alves de Carvalho, pardo, 32 anos, solteiro e Manoel Antônio da Silva, 45 anos. Outros três eram naturais de regiões um tanto próximas: Francisco Ewigino de Sant’Anna, pardo, solteiro, 25 anos, natural de Pombal; Manoel Meneses, solteiro, 25 anos, natural de Aramary e Manoel Felix 16 anos, natural de Tucano. Também consta Joaquim Moreira, casado, natural de Salvador; Manoel Henriques da Silva, solteiro, 25 anos, natural de Abrantes; Antônio Roque, pardo, solteiro, natural de Jacobina; e outros dois registros nos quais constam apenas que os trabalhadores não eram moradores de Serrinha.

Fonte: CAMINHOS DA LIBERDADE: A ESCRAVIDÃO EM SERRINHA –
BAHIA (1868-1888), Ana Paula Carvalho Trabuco Lacerda

quinta-feira, 12 de março de 2015

Fazenda Retiro

 

Data: 17 de janeiro de 1938

Imóvel: Uma área de terra nos terrenos agricolas da Fazenda Retiro

Vendedores: José Antonio Rodrigues, José Xavier dos Santos e sua mulher Maria Cyrila dos Santos

Comprador: Otacilio Alves Sampaio

Obs: Essa escritura estava guardada em uma lata em posse da minha avó Sineide Ramos. Na lata ela guardava escrituras antigas de imóveis que pertenceram a família. Em algum momento essa fazenda deve ter pertencido a fámilia.

Fazenda Retiro

Fazenda Retiro2

Fazenda Retiro3

sábado, 28 de fevereiro de 2015