Esse blog é sobre a história da minha família, o meu objetivo é desvendar as origens dela através de um levantamento sistemático dos meus antepassados, locais onde nasceram e viveram e seus relacionamentos inter-familiares. Até agora sei que pertenço as seguintes famílias (nomes que por vezes são escritos de forma diferente): Ramos, Oliveira, Gordiano, Cedraz, Cunha, Carvalho, Araújo, Nunes, Almeida, Gonçalves, Senna, Sena, Sousa, Pinto, Silva, Carneiro, Ferreira, Santos, Lima, Correia, Mascarenhas, Pereira, Rodrigues, Calixto, Maya, Motta…


Alguns sobrenomes religiosos que foram usados por algumas das mulheres da minha família: Jesus, Espirito-Santo...


Caso alguém tenha alguma informação, fotos, documentos antigos relacionado a família é só entrar em contato comigo.


Além desse blog também montei uma árvore genealógica, mas essa só pode ser vista por pessoas que façam parte dela. Se você faz, e gostaria de ter acesso a ela, entre em contato comigo.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Escritura

 

Mais uma escritura antiga que encontrei nas coisas da minha avó Sineide Ramos…

Documento: Escritura de Compra e Venda

Vendedor: Veridiano Gonçalves da Rocha e sua mulher Maria Senhorinha da Cunha

Comprador: Manoel do Bispo dos Santos

Imóvel: Terras nas terras do Penhasco, deste termo, que pertenceram a Manoel Longuinho de Araújo e sua mulher

Valor: 80 mil réis

Data: 17 de Janeiro de 1929

Local do Cartorio: Conceição do Coité

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sábado, 27 de setembro de 2014

Fotos Antigas Jacobina

 

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Feira Pública – Jacobina - Espetacular ver como o fluxo financeiro do País fluía por Jacobina Bahia principalmente no ciclo aurífero e na foto ver-se a Praça Rio Branco onde se concentrava a feira municipal atividade de compra venda e troca de produtos de subsistência comum.
Fonte da foto: José Macelino Filho

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A Igreja e Convento de Bom Jesus da Glória, foram fundados em 1706, pelos franciscanos, nas terras de propriedade da família Guedes de Brito. Mais tarde, surgiria próxima a esta capela a Vila de Jacobina. Sua planta desenvolve-se simetricamente, segundo o eixo longitudinal, possuindo capela-mor e nave que são envolvidas pela sacristia, consistório, alpendre, capela lateral e copiar. Da varanda lateral, arrodeada de bancos, nasce a escada externa de acesso ao coro e púlpito. Sua fachada é dominada pela presença do copiar e torre sineira de madeira. O interior é sóbrio, só a capela-mor possui forro, que é prismático, em caixotões policromados. O púlpito, conserva na talha símbolos cristãos e indígenas. Dentre a imaginária destacam-se: dois crucifixos, com esplendores de prata, Nossa Senhora da Piedade e São Miguel. Hoje a Igreja está tombada pelo Instituto do Patromônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN. Endereço da Igreja do Bom Jesus da Glória: Praça das Missões, s/n - Jacobina – Bahia Fonte: iphan.gov.br

A Capela do Bom Jesus da Glória ou Igreja da Missão, como é conhecida pelos moradores de Jacobina, assenta-se sobre um morro, voltando as costas para a cidade e a frente para o vale do Rio Itapicuru‐Mirim. Construída no início do século XVIII pelos fundadores da Casa da Ponte, foi doada no ano de 1706 aos missionários franciscanos, que lhe anexaram um pequeno convento, demolido em 1860 pela Irmandade de Nossa Senhora da Paciência. Em 1972­ foi classificada pelo IPHAN. O partido é em nave única, com sacristia e consistório ladeando a capela‐mor. Dois alpendres laterais complementavam o copiar fronteiro. Tanto os alpendres como o copiar já eram usados pelos franciscanos em Portugal e são comuns nas capelas rurais baianas. No entanto, a combinação dos dois é relativamente rara e, por isso, é lamentável que um dos alpendres tenha sido fechado para a construção de uma capela. A fachada principal é de empena. Vislumbram‐se acima do copiar as janelas do coro e sob ele duas janelas pequenas e baixas, fechadas por grades de madeira, que flanqueiam a portada de verga reta e cercaduras simples. No ângulo esquerdo, levanta‐se o campanário em estrutura de madeira. Os diversos panos de telhados hierarquizam os espaços, criando um belo jogo de volumes. A capela‐mor possui forro em caixotões policromados, e abre para o consistório um vão isolado por grades de madeira. A nave conserva os nichos dos antigos altares que, segundo Azevedo, são herança das capelas laterais das igrejas jesuíticas, e o púlpito em talha com símbolos cristãos e indígenas. Fonte: http://www.hpip.org/

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Ocupações dos escravos


A historiografia brasileira sobre a escravidão aponta a grande importância do trabalhoescravo para a economia da nação brasileira. No que tange ao sertão baiano este trabalho foide vital importância para as atividades desenvolvidas nas áreas agrícolas e de criação deanimais. Assim, o escravo integrava-se à vida rural e ao universo do sertanejo, que avaliemos,não deve ter sido nada fácil, devido as condições de secas prolongadas e até a pouca condiçãofinanceira de seus senhores.

Dos 74 escravos comercializados em Conceição do Coité no final do século XIX, a maioria aparece como do “serviço da lavoura”, num total de 25. Destes, os homens representavam 14 e as mulheres 11. A maioria dos homens estava em idade produtiva entre 14e 34 anos de idade. Foram encontradas também duas crianças, com idades de 05 e 07 anoscompradas para o serviço da lavoura. As mulheres declaradas como “da lavoura” estavamentre a idade de 12 a 41 anos. Contudo, o que se observa na maioria dos casos é que houve apredominância do termo “apto para todo serviço”.

Assim, é perceptível que os cativos desempenhavam diversas funções, principalmenteas mulheres que podiam trabalhar tanto na roça quanto nos serviços domésticos na casa deseus senhores. Este foi o caso da escrava Herculana, cor preta, solteira, natural da própria freguesia e declarada foi por seus senhores que esta era do “trabalho da lavoura” e “outrosserviços domésticos”.

Os escravos que trabalhavam na lavoura desenvolviam funções relacionadas ao plantio de gêneros de subsistência e também no preparo dos pastos para a criação de gado. Nas escrituras aparecem as funções “da lavoura”, do serviço doméstico e também o serviço de vaqueiro. O caso encontrado como serviço doméstico foi da escrava Patrícia, cor fula, com 19 anos de idade. O vaqueiro foi o escravo Torquato, de cor preta, que trabalhava na Fazenda Olho D‟Água pertencente ao Major José Martins d‟Almeida. Ainda sobre Coité, foram encontrados outros ofícios em estudos de inventários, como cozinheira (01), costureira (01) e serviço doméstico (01) (GORDIANO, 2011).

Sobre os ofícios dos escravos na Bahia, tem-se a contribuição de alguns trabalhos para o tema. Walter Fraga Filho também encontrou nos engenhos do Recôncavo uma predominância de escravos trabalhando na lavoura. Seus dados mostram que a lavoura concentrava cerca de 82,3% dos cativos. Geralmente este trabalho era rejeitado por libertos epessoas livres. Ele ainda apontou uma realidade que difere da de Coité, ou seja, a existênciade um número considerável de escravos especializados trabalhando como artesãos,domésticos, carreiros, vaqueiros e trabalhadores do mar (FRAGA FILHO, 2006). Tal constatação evidencia as características próprias de desenvolvimento dos locais pesquisados.

Ana Paula Lacerda encontrou em Serrinha dados semelhantes aos da Freguesia de Coité, mas também descobriu algumas diferenças, 11 escravos especializados, sendo 9 ferreiros, 1 carpinteiro, e 1 doméstico. Assim como em Coité, também em Serrinha havia uma predominância do serviço da lavoura (LACERDA, 2008).

Ainda nestes registros, alguns proprietários declararam que “habitualmente” trabalhavam na lavoura. Este foi o caso do Sr. José Calixto da Cunha, que ao efetivar acompra do pequeno Camilo, escravo com apenas cinco anos de idade, declarou que “fazia habitual profissão” em sua Fazenda Lameiro. A partir da análise deste e de outros casos semelhantes, é provável que escravos e senhores trabalhassem na lavoura lado a lado, o que pode sugerir a existência de uma relação mais estreita entre escravo e seu dono. Sobre este tipo de relação, Mattoso destaca que “as crianças pretas passeiam em total liberdade, participando das brincadeiras das crianças brancas e das carícias de todas as mulheres da casa” (MATTOSO, 2003, p. 128).

Todavia, não se pode tomar esta realidade onde cativo e senhor dividiam o mesmo espaço, como condições igualitárias; o escravo, não importa o quanto próximo do seu dono fosse, estaria sempre colocado numa condição de inferioridade diante do seu senhor. Um exemplo claro desta diferenciação foi apontada por Chalhoub retirado do conto Mariana de Machado de Assis, cuja personagem principal era uma “mulatinha” gentil, nascida e criada dentro da casa de sua dona, recebendo praticamente o mesmo afago e carinho que sua senhora depositava as suas filhas naturais, mas havia um abismo entre as livres e a cativa. Mariana não sentava à mesa nas refeições e nem podia aparecer na sala em ocasião de visitas. Assim, dápara perceber que havia limites entre os livres e os cativos e a própria sociedade escravistafazia questão de impor tais limitações (CHALHOUB, 1989).

Fonte: Vestígios no tempo: escravidão e liberdade em Conceição do Coité-BA (1869-1888) - Edimária Lima Oliveira Souza

sábado, 20 de setembro de 2014

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Negros sambam no Solar do Conde

 

Centro de referência em casarão restaurado é conquista do samba de roda baiano, patrimônio da Humanidade

Lorenzo Aldé 19/9/2007

No casarão do senhor de engenho, agora a festa é dos negros. O samba de roda — que animava terreiros de candomblé e rodas de capoeira onde os escravos reafirmavam suas raízes africanas — tomou posse do Solar que pertenceu ao Conde de Subaé, em Santo Amaro, Bahia. Foi na última sexta-feira, dia 14.

A bela construção do século XIX, que chegou a abrigar d. Pedro II no tempo em que a produção de açúcar dinamizou a economia do Recôncavo, foi inteiramente restaurada. Ficou assim apta a abrigar um patrimônio da Humanidade, título que o samba de roda baiano recebeu da Unesco em 2005.

Merecidamente. A manifestação resistiu ao tempo e ainda se expressa em suas formas tradicionais em toda a Bahia: os participantes dispostos em círculo, a dança no meio, os versadores, as respostas em coro, as palmas. À matriz africana, foram adicionados instrumentos portugueses, como a viola (alguns grupos usam até sanfona). E deu-se novo uso para uma peça de cozinha européia: o prato de ágata. Assim surgiu o prato-e-faca, executado com maestria pelas mulheres, como se fosse um reco-reco.

Fora as peculiaridades musicais, as rodas se associam a outros eventos que não vivem sem elas. Das festas religiosas — católicas, afro-brasileiras e mesmo indígenas — às celebrações cotidianas.

“No Nordeste, toda festa popular é samba”, resume Gilberto Gil. Simbolicamente, o personagem perfeito para a ocasião: é negro, baiano e músico o Ministro de Estado responsável por transformar oficialmente o Solar do Subaé em Casa do Samba de Santo Amaro.

A festa começou com os discursos políticos de praxe e acabou nas mãos e pés de quem de direito — o povo encheu a rua em frente ao Solar para sambar até de madrugada ao som de cerca de 20 grupos de samba de roda, além de alguns “primos” vindos de outros estados, como o jongo (RJ, SP e ES) e o tambor de crioula maranhense.

Esses dois ritmos, por sinal, também já foram registrados como patrimônios imateriais junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). E há outros na fila, como o coco, que ocorre em vários formatos e localizações geográficas.


Um seminário realizado no sábado, dia 15, no Teatro Dona Canô, mostrou que ainda há muito o que revelar sobre a diversidade musical popular no país, e muito trabalho a fazer para preservá-la.

Naturalista do samba

O samba de roda por pouco não perdeu um de seus instrumentos originais. O machete é uma espécie de viola, maior que o cavaquinho e menor que o violão. Antes que o samba de roda ganhasse reconhecimento mundial, e com ele a atenção do estado, restavam apenas três exemplares de machete na Bahia. E uma única pessoa capaz de construi-los: seu Zé de Lelinha, em São Francisco do Conde. O projeto de “salvaguarda” do samba de roda, promovido pelo Iphan, instituiu na cidade uma oficina ministrada pelo antigo mestre, para ensinar jovens a fabricar o machete.

O amplo espaço da Casa do Samba de Santo Amaro foi inaugurado com uma exposição de fotos, textos e objetos. Mas o objetivo é torná-la um centro de referência para a pesquisa musical, com acervos sonoros, estudos, partituras e vídeos sobre o samba de roda, disponíveis para consulta.

Incluindo, espera-se, os preciosos registros do americano Ralph Waddey, que entre 1966 e 1985 foi o primeiro a gravar e filmar a diversidade dos sambas de roda baianos. Seu acervo tem cerca de 250 horas de áudio e documenta a arte de muitos antigos instrumentistas e versadores que não estão mais entre nós.

“Me comparo com os botânicos que no século XIX viajavam o Brasil coletando a registrando plantas e flores. Sou um naturalista do samba”, compara. E é por ter conhecido o samba em “estado natural” que relativiza essa história de existir uma “Casa do Samba”. “O que é uma casa do samba? É qualquer casa de qualquer rua do Recôncavo onde se samba. Quem é o produtor artístico do samba? É a Zelita, a Ana, o João. A Casa do Samba em Santo Amaro é para lembrar a vocês que não esqueçam de sambar em casa, porque na Bahia tudo acaba em samba”, afirmou, no Seminário.

Apesar da ressalva, Ralph doou para a Casa do Samba um primeiro material digitalizado com 9 horas de duração. Mas ainda negocia como será feita a cessão do restante do acervo, que ele faz questão de digitalizar pessoalmente.

A prudência do pesquisador se explica porque ainda não está bem definida a administração da Casa do Samba. A Associação dos Sambadores e Sambadeiras do Estado da Bahia, criada em 2005, é candidata natural a gerir o centro. Os recursos devem vir do Ministério da Cultura, com a efetivação, no local, de um “Pontão de Cultura”, referência para os demais “Pontos de Cultura” do Recôncavo.

Quer dizer que a Casa foi inaugurada sem que se saiba como funcionará e se cumprirá sua missão? Sim, é isso mesmo. A restauração do Solar foi inclusive acelerada para que a festa coincidisse com o centenário de Dona Canô, que parou a cidade e atraiu a imprensa. Mas preservar a cultura, ao contrário de erguer ou reformar prédios, é assim mesmo: um esforço necessariamente inacabado.

Melhor notar o que já se ganhou. Associação, oficinas de machete, o Solar do Conde, um dossiê produzido pelo Iphan e um CD com o registro da música de 21 grupos. Para quem resistiu ao preconceito durante longos séculos e manteve-se forte mesmo quando era “invisível”, a roda agora promete.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Casamento de Erene Araújo

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Emygdio Ramos Gordiano, Almira Araújo Ramos, Sinalva Maria Ramos Cunha Souza, Erene Araújos Calixto, Sineide Ramos, Sirleide Ramos Cunha Oliveira e Adevaldo Carvalho Cunha.

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Sirleide e Sinalva

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Escritura Fazenda Casa Nova

 

Mais uma escritura antiga que encontrei nas coisas da minha avó Sineide Ramos…

Documento: Escritura de Compra e Venda

Vendedor: Joaquim de Sousa Filgueiras (morador na fazenda do Anastacio, da Freguezia de Pedrão)

Comprador: Capitão José Joaquim da Silva Carvalho (morador na Vila da Purificação dos Campos)

Imóvel: Fazenda Casa Nova, antigamente conhecida por Sitio do Meio, na freguezia do Coité, do Termo da Feira de Sant’Anna

Valor: Oitocentos e noventa mil réis

Data: 15 de dezembro de 1873

Local do Cartorio: Vila da Purificação dos Campos

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