Esse blog é sobre a história da minha família, o meu objetivo é desvendar as origens dela através de um levantamento sistemático dos meus antepassados, locais onde nasceram e viveram e seus relacionamentos inter-familiares. Até agora sei que pertenço as seguintes famílias (nomes que por vezes são escritos de forma diferente): Ramos, Oliveira, Gordiano, Cedraz, Cunha, Carvalho, Araújo, Nunes, Almeida, Gonçalves, Senna, Sena, Sousa, Pinto, Silva, Carneiro, Ferreira, Santos, Lima, Correia, Mascarenhas, Pereira, Rodrigues, Calixto, Maya, Motta…


Alguns sobrenomes religiosos que foram usados por algumas das mulheres da minha família: Jesus, Espirito-Santo...


Caso alguém tenha alguma informação, fotos, documentos antigos relacionado a família é só entrar em contato comigo.


Além desse blog também montei uma árvore genealógica, mas essa só pode ser vista por pessoas que façam parte dela. Se você faz, e gostaria de ter acesso a ela, entre em contato comigo.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Sertanejo é retratado nos 40 contos de “seo” Nenenzinho, de Valente

O semi-árido baiano ocupa 360 mil quilômetros quadrados, representando 64% da área territorial do estado da Bahia e 51,7% de toda a região semi-árida do Nordeste. Em suas vastas dimensões vive mais de 45% da população baiana, totalizando 6 milhões de habitantes residentes nas regiões rural e urbana de 258 municípios que apresentam os menores Índices de Desenvolvimento Humano do país (IDH). A área onde atualmente está erguida a sede de Conceição do Coité, nascida das entradas que penetravam o sertão baiano, foi inicialmente a sede de uma fazenda, que se tornou uma crescente povoação. O município, que no início chamava-se Nossa Senhora da Conceição do Coité, fica a 210 quilômetros de Salvador, tendo uma população estimada em 58.358 habitantes. A cidade é considerada o terceiro maior produtor baiano de sisal e mandioca, destacando-se também na pecuária, mineração e artesanato.

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E foi nessa pequena localidade, no povoado de Valente que nasceu João José de Oliveira, conhecido como Nenenzinho. Sua paixão pela terra e os animais fez com que ele desenvolvesse diversas atividades rurais, recebendo medalhas e homenagens pelo trabalho. O resultado disso tudo foi o vereador mais votado do distrito de Valente (Conceição do Coité) e, mais tarde, prefeito do município de Valente (1993/1996 e 2001/2004). Agora, “seo Nenenzinho” lança o livro Contando 40 contos. O lançamento vai acontecer nesta segunda-feira, dia 06 de abril, a partir das 18h no Clube Espanhol, em Salvador.
Segundo o ex-governado do Estado da Bahia, Roberto Santos, no prefácio, trata-se de “um livro escrito com o coração”. “A começar pela história da vida do próprio autor, quando, de um começo de vida muito difícil, progrediu até tornar-se proprietário de extensas áreas de terra e de importantes rebanhos de pecuária bovina, ovina e caprina. Não esconde ele, porém, as lutas enfrentadas nas primeiras décadas de sua existência, ao escolher para título da apresentação do livro, de sua própria autoria, as seguintes palavras: ´De pobreza ninguém me ensina nada´.”.
DIVISÃO - Dividido em sete partes, a primeira intitulada Bonifácio com oito contos. Tiro ao alvo, A mula preta, Convenção do sisal, É no encher do úbere ou no secar do leite, Festa de barraca, Manha em burro, Mulher mata mesmo e Tempo de vacinar. A segunda parte o tema predominante é a morte com personagens populares como Antonio do Inferno (e sua história fantástica) e Tio Moura (contador de façanhas e de estórias de almas do outro mundo). Do coração é a terceira parte, voltada para os contos de amor; de mãe, de filha, de Dingo e Lindika, de pai, entre outros.
Os contos relacionados ao trabalho são completados com histórias sobre as lidas com o gado, importante fonte de receita para os habitantes da região. A fama das cobras justificando as mortes constantes do gado, a predadora muçurana, o dente de Arnor, o gago Sinhozinho Cordoeiro e o garoto Luiz. Relembra a simplicidade e beleza das mulheres, os carrapatos de fulano, entre outros são registrados na quinta parte dedicada a mulher. A figura de Celino Gaia às voltas com a estiagem, a raça Santa Inês, dos conselhos de fazendeiros: Terra é massapê, Cavalo é Mangalarga Marchador, Boi é Nelore, Jumento é Pêga, Bode é Anglo Nubiano, Carneiro é Dorper, Cachorro é Pinscher, Galinha é Legorne, Trator é Caterpillar, Caminhão é Mercedes, Madeira é Aroeira, Manga é Espada. E mulher é Mariá. “Tudo tem que saber fazer e usar, não saia dessa”, ensina.
RECOMENDAÇÃO - Em deveres do capataz ele recomenda: Não deixar para amanhã o que deve fazer hoje. Não emprestar nada dos pertences da fazenda, nem tomar nada emprestado, salvo em situações especiais; Prestar colaboração a seus colegas sem esquecer suas obrigações; Advertir a seu patrão de tudo que pense trazer resultados a fazenda; Tudo fazer para que a fazenda renda um pouco mais. A sétima e última parte dos contos são dedicados a Expovalente, ao morto-vivo de Ichu, e o inocente Tomotinho.
A linguagem é simples com boas doses de humor, retratando figuras conhecidas da região do sisal. Nas crônicas há frases antológicas e criativas. Seo Nenenzinho escreveu os 40 contos com o coração, fotografando as diversas peculiaridades do nosso sertanejo. A leitura é agradável e aconselhável para todos. Contando 40 Contos conta com edição e projeto gráfico de Luís Guilherme Pontes Tavares, ilustrações de Antonio Cedraz, com capa e tratamento de imagens de Sérgio Alexandre Pontes Tavares. Vale a pena conferir.
 
Fonte: http://blogdogutemberg.blogspot.com/2009/04/sertanejo-e-retratado-nos-40-contos-de.html






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