Esse blog é sobre a história da minha família, o meu objetivo é desvendar as origens dela através de um levantamento sistemático dos meus antepassados, locais onde nasceram e viveram e seus relacionamentos inter-familiares. Até agora sei que pertenço as seguintes famílias (nomes que por vezes são escritos de forma diferente): Ramos, Oliveira, Gordiano, Cedraz, Cunha, Carvalho, Araújo, Nunes, Almeida, Gonçalves, Senna, Sena, Sousa, Pinto, Silva, Carneiro, Ferreira, Santos, Lima, Correia, Mascarenhas, Pereira, Rodrigues, Calixto, Maya, Motta…


Alguns sobrenomes religiosos que foram usados por algumas das mulheres da minha família: Jesus, Espirito-Santo...


Caso alguém tenha alguma informação, fotos, documentos antigos relacionado a família é só entrar em contato comigo.


Além desse blog também montei uma árvore genealógica, mas essa só pode ser vista por pessoas que façam parte dela. Se você faz, e gostaria de ter acesso a ela, entre em contato comigo.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Sousa / Souza

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De vermelho, com uma caderna de crescentes de prata.

Souza é uma variação gráfica do original Sousa, sobrenome português classificado como sendo um toponímico, deriva do latim Saxa ( Seixos ou rochas ) é também o nome de uma espécie de pombo bravo, no século XI foi registrado como Sausa.


Uma das mais antigas e ilustres famílias de Portugal, traçada até dom Sueiro Belfaguer, cavaleiro godo que viveu nos primeiros anos do século VIII. Dom Egas Gomes de Souza foi o primeiro a usar o sobrenome, por ser dono do Solar de Souza. Seu 12º neto foi Martin Afonso de Sousa, comandante da expedição que fundou o primeiro núcleo de colonização e donatário da capitania de São Vicente. Era primo de Tomé de Souza, o primeiro governador-geral do Brasil.
Procedem de Martim Afonso Chichorro e de Afonso Dinis, filhos de el-rei D. Afonso III, que casaram com duas netas de Mem Garcia de Sousa, neto do Conde D. Mendo, o Sousão, em quem veio ficar esta família. É solar desta família a vila de Arrisana de Sousa que fundou D.Fayão Soares, tronco deste sobrenome.

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quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

De Jesús

 

Sobrenome de origem sulamericana. Provém da colonização espanhola na américa do sul e se extende a muitos habitantes das ilhas Canárias.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Nunes

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Nunes

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História

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  • Tratando-se do patronímico de Nuno, o mais natural é que existam inúmeras famílias que o adoptam por apelido mas sem estarem ligadas entre si por laços de quaisquer tipos. Certos Nunes usam por armas.

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Armas

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  • De ouro, uma palma de verde em pala, dobrando as pontas para a dextra. Timbre: um leão de sua cor, com a palma do escudo nas garras.
  • Outros ramos de Nunes usam: escudo partido, sendo o primeiro de prata, uma contrabanda de azul, e o segundo de vermelho, um leão de ouro, acompanhado de quatro merletas do mesmo, acantonadas. Timbre: o leão do escudo.

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Títulos, Morgados e Senhorios

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Cargos e Profissões

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terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Oliveira

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História

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  • Nome de raízes toponímicas, foi tirado da designação do Paço de Oliveira, na freguesia de Santa Maria de Oliveira, termo de Arcos de Valdevez. A família que adoptou este nome por apelido é de remotas e nobres origens, a ela pertencendo o arcebispo de Braga D. Martinho Pires de Oliveira, que instituiu um rico morgadio em Évora, que deixou à descendência de seu irmão Pedro Oliveira. As armas antigas dos Oliveiras, talvez que tão antigas que antecedessem o nascimento das chamadas regras da armaria ou, pelo menos, a sua aplicação no nosso país.

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Armas

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  • As armas: de vermelho, uma oliveira de verde. Modernamente, e decerto para as fazer condizer com tais regras, passaram a ser: de vermelho, uma oliveira de verde, perfilada e frutada de ouro, e arrancada de prata. Timbre: a oliveira do escudo.

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Personalidades

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  • Francisco Xavier de Ataíde Oliveira

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Títulos, Morgados e Senhorios

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Cargos e Profissões

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terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Criação de Jumentos e Muares

No tempo em que só havia como meio de transporte de mercadorias e de pessoas a estrada de ferro de ia de Salvador à Juazeiro da Bahia, viveu o Sr. José João de Oliveira. Era um tempo em que mercadorias chegavam as cidades onde haviam estações de trem e de lá iam para as outras cidades da região, transportadas em carro de boi ou lombo de burro. A demanda de animais para fazer esse transporte era grande, foi aí que José João de Oliveira, mais conhecido como "Pai Nenê", um comerciante com visão, que tinha bons relacionamentos com as firmas de Salvador, que abasteciam o interior do estado (desde ferragens a tecidos e medicamentos), viu uma grande oportunidade.

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Percebendo que os caixeiros viajantes faziam somente as rotas da estrada de ferro, pois não havia transporte para outras cidades, já que na época não havia estradas e muito menos automóveis e caminhões para se viajar nelas, José João decidiu fazer tropas de burros e mulas para alugar às firmas de Salvador e seus representantes, os caixeiros viajantes, para percorrerem outras cidades do interior que não estavam na rota da estrada de ferro. O transporte da estrada de ferro na cidade de Serrinha até a Chapada Diamantina, por exemplo, era toda feita por José João, que possuia várias tropas e que viajavam por todo o alto Sertão, chegando a fazer viagens até São Raimundo Nonato no Piauí. Como era difícil encontrar na região animais bons, pois o jumento nordestino (o jerico) era a única raça disponivel e não produziam animais de porte e qualidade, José João, em 1930-1932, resolveu comprar um jumento de fora, para produzir animais melhores para as suas tropas. Ele acabou comprando um jumento a Francisco Rocha Pires (Vice-Governador da Bahia), da cidade de Jacobina, que era o grande criador de jumentos Pêga da Bahia, junto com a Fazenda Mocó do Governo do Estado da Bahia.

Entrevista de Nenezinho ao Globo Rural em 2010

O Pêga antigamente na Bahia era considerado uma atração, pois não havia na região animais daquele tamanho, qualidade e beleza, dentre outras vantagens. Foi isso que atraiu João José Oliveira, mais conhecido como Nenezinho, a ir mais longe que seu pai (José João) e começar um plantel de Jumentos Pêga em 1962/63.

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Por sorte, como diz Nenezinho, a fazenda Mocó se desfez do seu plantel, e como não haviam compradores para esses animais na região, eles venderam a um amigo de seu Nenezinho um grande número de animais. Em uma exposição em Rui Barbosa onde esse amigo tinha fazenda, os dois se encontraram e seu Nenezinho se ofereceu para comprar alguns animais, como o amigo disse que ele podia ir na fazenda e escolher o que quizesse, imediatamente, antes que o amigo desistisse, João José de Oliveira pegou a caminhonete e foi na fazenda e escolheu cinco das melhores fêmeas que tinham na tropa que o amigo tinha arrematado na fazenda Mocó.


Em seguida foi na fazenda Mocó e conseguiu comprar um reprodutor antes que a Mocó vendesse o restante dos animais, aproveitando também para comprar mais matrizes para complementar o plantel.


Até hoje João José se preocupa em manter o antigo padrão da Fazenda Mocó, e cremos que somente ele tenha ainda o sangue fechado da Mocó. Isso porque, quando o Governo do Estado resolveu acabar com a Fazenda Mocó (durante o governo de Valdir Pires), boa parte dos animais foram vendidos aos paulistas e mineiros, não ficou quase nada aqui na Bahia.

 

Na época em que houve uma grande queda na procura por jumentos pêga, vários criadores sairam do ramo, João José se desanimou, no entanto, por apreciar muito a raça e por utilizar os animais nas suas fazendas, manteve seu plantel. Como ele mesmo diz, foi uma época que jumento não valia nada, nem cigano queria.


Mas essa fase passou e o comércio aqueceu, foi aí que Zenóbio Cedraz Oliveira, filho de João José de Oliveira resolveu seguir a tradição da família e passou a criar jumentos também. Zenóbio recebeu alguns animais de seu pai para começar essa criação e já está entre os maiores e melhores criatórios do país. Hoje, pai e filho contam com mais de 150 matrizes.

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O jumento sempre foi um animal de sela no nordeste, tudo era feito no jumento. Ele era a peça principal da casa e portanto toda casa de fazenda do nordeste tinha um jumento de bom andamento. Com isso, aconteceu uma seleção natural para essa aptidão. Mas o que existia aqui no nordeste era o jumento nordestino (jegue/jerico), e como Zenóbio já tinham essa cultura, desde seus avós, que jumento é animal de sela, ele foi buscar essa aptidão no pêga, assim como seu pai também tinha feito.

 

Partindo da base genética de seu Nenezinho, Zenóbio, que de acordo com seu pai é muito afoito, viajou o Brasil todo a procura de jumentos de andamento excepcional para montar o seu plantel. Ele e o pai foram buscar o animal de andamento no pêga, enquanto no resto do país jumentos eram vendidos pela beleza, no palco de leilões e exposições, só mostrando a cabeça e a orelha. Só no nordeste havia um costume antigo de se montar em jumentos, por isso a Bahia sempre teve boas mulas de sela.

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Em 2010, João José de Oliveira recebeu uma homenagem da ABCJPêga pelos serviços prestados em prol da raça Pêga.